Defender a soberania da Venezuela
A Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) denunciou, dia 17, em comunicado, a «operação de ingerência» que está a ser levada a cabo contra a República Bolivariana da Venezuela e exige que se ponha fim ao «boicote económico e às sanções» contra aquele país. Esta campanha – económica, política, diplomática e mediática, que este fim-de-semana teve particular incidência – é promovida (desde 1998, quando Hugo Chavez venceu as eleições presidenciais) de forma coordenada por diversos países, sobre a orientação dos EUA, em conluio com sectores da oligarquia interna, acusa o CPPC.
Em comunicado, o Conselho para a Paz reafirma que, ao contrário do que é transmitido, o processo bolivariano é «um dos mais sufragados do mundo, tendo as forças democráticas e patrióticas obtido significativas vitórias na esmagadora maioria dos actos eleitorais», que «os partidos e forças da “oposição” gozam de todas as garantias democráticas» e que «os órgãos de comunicação social são, na sua maioria, privados».
Precisamente para denunciar esta campanha orquestrada contra a soberania da Venezuela e desmascarar os interesses dos seus promotores, realizou-se, no dia 16, um encontro na Embaixada da República Bolivariana da Venezuela, no qual participaram diversas entidades, como o CPPC, o PCP e o Avante!.
Massacre de Son My
Na sexta-feira, 16, dia em que se completaram 50 anos sobre o Massacre de Son May, igualmente conhecido como Massacres de My Lai, o CPPC recorda os 504 cidadãos vietnamitas, na sua maioria idosos, mulheres e crianças, que foram chacinados por militares norte-americanos durante a guerra de agressão (de 1950 a 1975) contra o Vietname e o seu povo. Após a sua derrota, os EUA continuaram a aplicar um embargo contra o Vietname até 1994.
Neste processo, apenas um militar foi condenado a prisão perpétua. O então presidente Ricard Nixon reduziu a pena para um dia na prisão e três anos de detenção domiciliária.
Para além das 504 vítimas do massacre, o CPPC recorda os mais de 1,3 milhões de outros cidadãos vietnamitas mortos durante a agressão ao Vietname, assim como a heroica e histórica luta do povo em defesa da sua pátria e soberania.