A água é de todos e assim deve continuar

BEM PÚBLICO Assinalando a 22 de Março o Dia Mundial da Água, o PCP reafirma a sua convicção de que a água «deve continuar a ser gerida por entidades públicas», de modo a que possa ser usufruída por todos.

PCP rejeita a privatização da água sob qualquer expressão

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Numa nota divulgada na véspera pela Direcção Regional do Alentejo, o PCP retoma as conclusões de um debate que promoveu recentemente sobre a seca, no qual se garantiu que as causas deste grave fenómeno não são apenas resultantes dos «caprichos da natureza». Pelo contrário, ele não pode ser dissociado dos «efeitos das políticas de direita que têm dominado o País e o Alentejo» e o seu maior ou menor impacto «depende das opções que foram tomadas».

Para os comunistas, o que a realidade actual da seca evidencia é, antes de mais, a «enorme fragilidade para se ultrapassar a situação», que resulta das opções de sucessivos governos do PS, PSD e CDS de não concretizarem investimentos previstos ao longo dos anos. Tudo isto é agravado pela opção por uma agricultura caracterizada pela intensificação do uso da água e da terra «numa lógica de acumulação de capital». As vastas áreas do Alentejo consagradas à vinha e ao olival são disto a principal expressão, com efeitos a médio e longo prazo que podem ser nefastos nos planos económico, social, ambiental e paisagístico.

Paralelamente, por opção das mesmas forças políticas, tem-se intensificado a ofensiva contra a gestão pública da água que visa sem rodeios, «por mais desmentidos e jogos de palavras sobre “privatizações” ou ”concessões”», a entrega às grandes multinacionais do sector de um apetecível filão de negócio, actualmente superior a dois mil milhões de euros. No imediato, esta ofensiva passa agora pela acentuação do recurso à contratação de serviços através de subcontratação e agregação de sistemas em baixa, denuncia o PCP.

Da parte dos comunistas, é grande o «empenho em continuar a intervir e a lutar pela defesa da gestão pública da água, como garantia para que as populações tenham pleno acesso e em boas condições a um bem que é fundamental para a existência humana».

 



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