PCP contra aumento de fundos da UE a partidos

Os de­pu­tados do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu vo­taram contra o au­mento do fi­nan­ci­a­mento pú­blicos dos «par­tidos po­lí­ticos eu­ro­peus» e das «fun­da­ções po­lí­ticas eu­ro­peias», que já hoje vivem quase ex­clu­si­va­mente destes fundos. Quanto ao PS, PSD, CDS e BE vo­taram a favor. Numa nota emi­tida no dia 17, os de­pu­tados co­mu­nistas lem­bram que já em 2018 as verbas ca­na­li­zadas para estas es­tru­turas as­cendia a 32,4 mi­lhões de euros no caso dos «par­tidos» e 19,3 nas «fun­da­ções ».
Re­a­fir­mando a sua po­sição con­trária ao re­gu­la­mento que prevê a exis­tência destas en­ti­dades e o seu fi­nan­ci­a­mento à custa do or­ça­mento da União Eu­ro­peia, os eleitos co­mu­nistas re­alçam que estes «par­tidos» e «fun­da­ções», de ca­rácter su­pra­na­ci­onal, foram cri­adas e pro­mo­vidas pela União Eu­ro­peia para «dar su­porte aos su­ces­sivos apro­fun­da­mentos fe­de­ra­listas», à margem da von­tade e do es­cru­tínio dos povos. Cor­res­pondem, por­tanto, a uma cons­trução ar­ti­fi­cial.
A isto acresce o facto de os de­sig­nados par­tidos e fun­da­ções eu­ro­peus serem tu­te­lados pela pró­pria UE, que «de­ter­mina a con­for­mi­dade quer dos seus pro­gramas que da sua or­ga­ni­zação  in­terna, com os prin­cí­pios que a pró­pria UE con­si­dera ad­mis­sí­veis». O que, para o PCP, re­vela qual a sua fi­na­li­dade: «tentar di­mi­nuir a im­por­tância e o papel dos par­tidos po­lí­ticos na­ci­o­nais, com as suas es­pe­ci­fi­ci­dades e iden­ti­dades pró­prias».




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