É PRECISO E POSSÍVEL DETERMINAR NOVOS AVANÇOS

«in­tervir para avanços e rup­turas»

Foram muitas as ini­ci­a­tivas que mar­caram nesta se­mana a in­ter­venção do PCP, no­me­a­da­mente a ho­me­nagem a Ca­ta­rina Eu­fémia em Ba­leizão e o al­moço-con­vívio em Odi­velas, ambas com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa. Ocor­reram igual­mente muitas ou­tras por todo o País le­vadas a cabo pelas di­versas or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP.

Pros­se­guiu também a acção de re­forço do Par­tido tendo pre­sente as três pri­o­ri­dades de­fi­nidas para este mo­mento: a en­trega do novo cartão, a cam­panha dos cinco mil con­tactos e a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros.

É uma acção que se re­veste de grande sig­ni­fi­cado e im­por­tância, tendo pre­sentes os de­sa­fios e com­bates que o Par­tido tem à sua frente. De facto, um PCP mais forte será também um PCP mais in­flu­ente e mais pre­pa­rado para in­tervir em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País; para levar mais longe a po­lí­tica de de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos; para de­ter­minar a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a con­cre­ti­zação da po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, sem a qual não serão re­sol­vidos os pro­blemas mais pro­fundos do País e as­se­gu­rado um ver­da­deiro rumo de de­sen­vol­vi­mento so­be­rano.

Neste quadro, impõe-se também di­na­mizar a di­vul­gação da Festa do Avante! e a venda an­te­ci­pada da EP, con­dição in­dis­pen­sável para ga­rantir que a sua 42.ª edição, mar­cada para 7, 8 e 9 de Se­tembro, será de novo um gran­dioso acon­te­ci­mento po­lí­tico-cul­tural capaz de atrair muitos mi­lhares de vi­si­tantes.

Ne­nhum outro par­tido tem as­su­mido, como o PCP, a va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores e a de­fesa dos seus di­reitos como se viu de novo na pas­sada 6.ª feira, dia 18, quando levou ao ple­nário da As­sem­bleia da Re­pú­blica a ini­ci­a­tiva le­gis­la­tiva pela re­dução dos ho­rá­rios de tra­balho se­ma­nais para as 35 horas para todos. A ini­ci­a­tiva viria a ser re­jei­tada pelos votos con­juntos do PS, PSD e CDS mos­trando assim, mais uma vez, que estes três par­tidos con­vergem na de­fesa dos in­te­resses do grande ca­pital.

Mas também ne­nhum outro Par­tido se tem em­pe­nhado como o PCP na di­na­mi­zação da luta de massas cons­ci­ente do seu papel de­ci­sivo nos avanços que é ne­ces­sário e pos­sível con­se­guir.

Re­gista-se, por isso, a grande mo­bi­li­zação e com­ba­ti­vi­dade, os ob­jec­tivos e as re­cla­ma­ções pre­sentes na grande ma­ni­fes­tação na­ci­onal de pro­fes­sores do sá­bado pas­sado que trouxe a Lisboa muitos mi­lhares de pro­fes­sores.

Re­gista-se de igual modo a luta que se de­sen­volve e que é pre­ciso con­ti­nuar a crescer e avançar nas em­presas, lo­cais de tra­balho e nas ruas, con­fluindo para a grande ma­ni­fes­tação na­ci­onal mar­cada e or­ga­ni­zada pela CGTP-IN para o pró­ximo dia 9 de Junho em Lisboa, pela exi­gência da va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, pela de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos e ren­di­mentos, pela exi­gência de me­didas de com­bate à pre­ca­ri­e­dade e ao de­sem­prego, pela va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e re­dução de ho­rá­rios, ou­tros di­reitos e fu­turo.

Sobre acon­te­ci­mentos re­centes em torno do des­porto que têm mo­ti­vado uma ampla co­ber­tura me­diá­tica, o PCP con­si­dera que «o des­porto é um factor do pro­cesso global de de­sen­vol­vi­mento que com­pete ao Es­tado pro­mover, quer quanto à de­mo­cra­ti­zação da sua prá­tica quer quanto aos va­lores que o devem ro­dear», de­vendo ser ob­jec­tivo «con­tri­buir para elevar a cons­ci­ência de que o des­porto é um di­reito que uma so­ci­e­dade de­mo­crá­tica deve re­a­lizar, e não um es­paço para agitar ani­mo­si­dades, ri­va­li­dades e con­flitos».

Con­de­nando as ma­ni­fes­ta­ções de vi­o­lência que se têm re­gis­tado no campo des­por­tivo, o PCP su­blinha que «os acon­te­ci­mentos re­centes em torno do fu­tebol, com as di­nâ­micas es­pe­cí­ficas que os en­volvem, não são se­pa­rá­veis de ex­pres­sões anti-de­mo­crá­ticas como a con­fli­tu­a­li­dade gra­tuita, o po­pu­lismo ou o in­cen­tivo ao ódio, mais am­pla­mente dis­se­mi­nadas na so­ci­e­dade».

Pe­rante a si­tu­ação, o que se impõe é o cum­pri­mento da le­gis­lação em vigor nesta área e o com­bate à ac­ti­vi­dade cri­mi­nosa.

O PCP saudou na pas­sada 2.ª feira a ex­pres­siva vi­tória bo­li­va­riana nas elei­ções pre­si­den­ciais ve­ne­zu­e­lanas exi­gindo, em si­mul­tâneo, res­peito pela von­tade do povo da Ve­ne­zuela.

Ao mesmo tempo que re­a­firma a so­li­da­ri­e­dade com a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo da­quele País, o PCP re­clama do Go­verno por­tu­guês uma pos­tura res­pon­sável e de acordo com os prin­cí­pios da não in­ge­rência, no res­peito pela in­de­pen­dência e so­be­rania da Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela e pela von­tade do seu povo ex­pressa nas urnas no pas­sado do­mingo, dia 20.

É ne­ces­sário dar atenção à aná­lise da re­a­li­dade com­plexa da si­tu­ação em que in­ter­vimos, di­na­mizar a luta pela paz e a so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista, for­ta­lecer o Par­tido, pro­mover a uni­dade e or­ga­ni­zação dos tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares e in­ten­si­ficar a luta pela me­lhoria das con­di­ções de vida do povo por­tu­guês, com a plena cons­ci­ência que a so­lução para os pro­blemas ime­di­atos dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País não dis­pensa, antes pelo con­trário exige a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a con­cre­ti­zação da al­ter­na­tiva ne­ces­sária.