Resposta aos problemas dos trabalhadores e do País domina Jornadas Parlamentares

 

PRO­POSTAS Da área la­boral à saúde, da agri­cul­tura e pescas às aces­si­bi­li­dades, ao in­ves­ti­mento pú­blico e à Se­gu­rança So­cial, são mais de vinte – entre di­plomas e ac­ções con­cretas – as ini­ci­a­tivas e li­nhas de tra­balho saídas das Jor­nadas Par­la­men­tares do PCP.


Op­ções po­lí­ticas do Go­verno PS têm li­mi­tado res­posta aos pro­blemas es­tru­tu­rais

 

Pri­o­ri­dade ab­so­luta é dada à de­fesa do em­prego com di­reitos, ma­téria em re­lação à qual a ban­cada co­mu­nista tem pronto um con­junto de di­plomas com me­didas que vão nesse sen­tido, por con­tra­po­sição aos textos le­gis­la­tivos de con­teúdo ne­ga­tivo do PS gi­zados a partir do «Acordo» entre Go­verno, pa­tro­nato e UGT.

Li­mitar as pos­si­bi­li­dades de con­tra­tação a prazo é um dos ob­jec­tivos que a ban­cada co­mu­nista pre­tende con­cre­tizar por via de um desses pro­jectos de lei que le­vará ao ple­nário da AR já no pró­ximo dia 6 de Julho.

Prontas para esse de­bate estão já também ou­tras pro­postas suas que con­si­dera «cen­trais» e que in­te­grarão vá­rios ou­tros pro­jectos de lei, anun­ciou o líder par­la­mentar co­mu­nista, João Oli­veira, ao apre­sentar sexta-feira pas­sada, 8, em Grân­dola, as con­clu­sões das Jor­nadas Par­la­men­tares do PCP, ini­ci­adas na vés­pera e com a re­a­li­dade do Li­toral Alen­te­jano em pano de fundo.

Di­plomas que têm em vista, ainda, li­mitar o re­curso ao tra­balho tem­po­rário e ao des­pe­di­mento co­lec­tivo e por ex­tinção do posto de tra­balho, a re­vo­gação do des­pe­di­mento por ina­dap­tação, bem como a re­po­sição das in­dem­ni­za­ções por des­pe­di­mento e do di­reito a 25 dias de fé­rias na ad­mi­nis­tração pú­blica e no sector pri­vado.

Estas ini­ci­a­tivas, entre ou­tras no ca­pí­tulo la­boral (ver caixa), são re­ve­la­doras da im­por­tância dada pela ban­cada co­mu­nista às ques­tões do mundo do tra­balho e que estas Jor­nadas Par­la­men­tares tão fi­el­mente es­pe­lharam.

Pa­no­rama ri­go­roso

Os tra­ba­lhos ti­veram início na Pou­sada de Grân­dola em sessão que contou com a pre­sença de eleitos e di­ri­gentes lo­cais, re­gi­o­nais e na­ci­o­nais do PCP, no­me­a­da­mente Ma­nuel Va­lente, do Co­mité Cen­tral e res­pon­sável pela Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Li­toral Alen­te­jano, Luísa Araújo e João Dias Co­elho, res­pec­ti­va­mente do Se­cre­ta­riado e da Co­missão Po­lí­tica, que acom­pa­nharam os de­pu­tados co­mu­nistas em vá­rias das vi­sitas e reu­niões que pre­en­cheram o in­tenso e cri­te­rioso pro­grama que se es­tendeu pelos quatro con­ce­lhos do Li­toral Alen­te­jano (Grân­dola, San­tiago do Cacém, Sines e Ode­mira).

Além do pre­si­dente da for­mação co­mu­nista, in­ter­veio o de­pu­tado no Par­la­mento Eu­ropeu João Fer­reira, ca­bendo a Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, en­cerrar a sessão de aber­tura destas Jor­nadas, que de­cor­reram sob o lema «Pros­se­guir a re­po­sição de di­reitos e ren­di­mentos e avançar na res­posta aos pro­blemas do País».

No se­gui­mento da dis­cussão que tem vindo a re­a­lizar-se de ou­tras pro­postas suas na área la­boral (pelo fim da ca­du­ci­dade da con­tra­tação co­lec­tiva ou pela re­po­sição do prin­cípio do tra­ta­mento mais fa­vo­rável ao tra­ba­lhador, por exemplo), os di­plomas que es­tarão em de­bate muito em breve são a res­posta do PCP ao que con­si­dera ser o quadro de «des­res­peito por di­reitos fun­da­men­tais dos tra­ba­lha­dores», que per­siste e até se agrava.

Tal como no resto do País, a si­tu­ação na­quela re­gião Sul assim o com­prova – e esse foi o re­trato saído das Jor­nadas: di­fi­cul­dades de em­prego, pre­ca­ri­e­dade e ins­ta­bi­li­dade la­boral, baixos sa­lá­rios, des­re­gu­lação dos ho­rá­rios de tra­balho, tudo fac­tores que afectam a vida eco­nó­mica e so­cial das fa­mí­lias e que não con­tri­buem para captar e fixar jo­vens nem para in­verter o en­ve­lhe­ci­mento do Li­toral Alen­te­jano.

Ora, como é dito nas con­clu­sões das Jor­nadas, a res­posta a estes pro­blemas exige «so­lu­ções efec­tivas de com­bate à pre­ca­ri­e­dade, de re­dução e res­peito cabal pelos ho­rá­rios de tra­balho, de va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e de­fesa da con­tra­tação co­lec­tiva». Nada disso está, porém, no re­fe­rido «Acordo» fir­mado entre Go­verno e pa­trões, onde, ao invés, não só per­sistem «normas gra­vosas do Có­digo do Tra­balho» como se «in­tro­duzem novos ele­mentos ne­ga­tivos», cri­ticou João Oli­veira, ob­ser­vando que «al­gumas in­ten­ções sobre me­didas que de­ve­riam ter sido con­cre­ti­zadas há muito» nada mudam a «na­tu­reza global» da­quele acordo.

Pre­o­cu­pa­ções sé­rias

Daí este ter sido um tema muito pre­sente nestas Jor­nadas, tendo mar­cado desde logo a in­ter­venção de aber­tura de Je­ró­nimo de Sousa, que disse en­con­trar «jus­ti­fi­cadas pre­o­cu­pa­ções» no que toca ao «ar­ras­ta­mento e adi­a­mento de muitos pro­blemas que ti­nham so­lução no ime­diato e não a en­con­tram, por ma­ni­festa falta de von­tade po­lí­tica do Go­verno mi­no­ri­tário do PS, que per­ma­nece acor­ren­tado nas suas op­ções e ori­en­ta­ções de fundo às teses es­sen­ciais da po­lí­tica de di­reita».

O líder co­mu­nista foi mais longe e con­si­derou haver ainda um avo­lumar de «si­nais e prá­ticas que in­di­ciam uma tra­vagem, senão uma in­versão de rumo na po­lí­tica de re­po­sição de di­reitos e ren­di­mentos, e um fe­cha­mento a saídas al­ter­na­tivas ao rumo de de­sastre dos go­vernos dos úl­timos anos».

«A cres­cente pro­cura do PS e do seu Go­verno de con­ver­gência com PSD e CDS para ga­rantir o es­sen­cial da po­lí­tica de di­reita, em ma­té­rias e áreas nu­cle­ares da acção go­ver­na­tiva, no­me­a­da­mente em ma­téria de le­gis­lação de tra­balho», que o «Acordo» entre pa­trões e Go­verno exem­pli­fica, só adensa, aliás, esses mo­tivos de pre­o­cu­pação, na óp­tica do Se­cre­tário-geral do PCP.

Graves ca­rên­cias

Às ques­tões da Saúde foi dada igual­mente a maior atenção no de­curso das Jor­nadas, área onde per­sistem enormes ca­rên­cias so­bre­tudo ao nível dos pro­fis­si­o­nais, nos cui­dados de saúde pri­má­rios e nos cui­dados hos­pi­ta­lares. Re­a­li­dade que ficou muito vi­sível na reu­nião com a ad­mi­nis­tração da Uni­dade Local de Saúde do Li­toral Alen­te­jano, o que acabou por re­forçar a de­cisão da ban­cada co­mu­nista de apre­sentar, entre ou­tras ini­ci­a­tivas (ver caixa), um di­ploma com vista à adopção de me­didas ex­cep­ci­o­nais e ur­gentes para a con­tra­tação de pes­soal para o SNS.

Mo­tivos de pre­o­cu­pação vê também o PCP na ba­lança co­mer­cial ali­mentar nas úl­timas dé­cadas. A sua evo­lução es­pelha bem os im­pactos da perda de so­be­rania ali­mentar, da po­lí­tica agrí­cola comum e da po­lí­tica comum de pescas im­postas por su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS, afirma-se nas con­clu­sões das Jor­nadas, onde se re­fere que o dé­fice desta ba­lança atingiu em 2017 cerca de quatro mil mi­lhões de euros, 29% do nosso dé­fice co­mer­cial de bens. A pro­dução de ce­reais ilustra bem essa ten­dência ne­ga­tiva, em par­ti­cular do trigo, que entre 1990 e 2016 passou de uma pro­dução na ordem dos 30% do con­sumo para uma pro­dução que apenas sa­tisfaz 8% do con­sumo global.

Quadro des­fa­vo­rável que o PCP quer con­tra­riar com a apre­sen­tação de uma ini­ci­a­tiva des­ti­nada a apoiar a pro­jectos para de­fesa e va­lo­ri­zação da pro­dução de arroz, «re­cu­pe­ração do cul­tivo de ce­reais e de­sen­vol­vi­mento de formas mais sus­ten­tadas de cul­tivo que con­tra­riem a pre­dação e de­ser­ti­fi­cação dos solos».

As­se­gurar o acesso à água de rega à pe­quena agri­cul­tura, bem como infra-es­tru­turas que pro­movam a reu­ti­li­zação de águas re­si­duais e de eflu­entes agro­pe­cuá­rios tra­tados, são igual­mente ob­jec­tivos que darão corpo a ini­ci­a­tivas le­gis­la­tivas a apre­sentar em breve.

Sob o olhar atento dos de­pu­tados co­mu­nistas es­teve também o sector das pescas, tendo, entre ou­tras me­didas, de­ci­dido au­mentar a pressão sobre o Go­verno para que ins­titua (de­pois de ter sido con­si­de­rado um apoio à ga­so­lina nos OE de 2017 e 2018, por pro­posta do PCP) um re­gime de sub­sídio à pe­quena pesca ar­te­senal e cos­teira e à pe­quena aqui­cul­tura, me­dida con­si­de­rada fun­da­mental para a sub­sis­tência e ma­nu­tenção da ac­ti­vi­dade.

Com­bate à po­luição

À margem das Jor­nadas não passou a questão do in­ves­ti­mento pú­blico em infra-es­tru­turas de trans­portes e lo­gís­tica, desde logo no sector por­tuário, em ar­ti­cu­lação com o apa­relho pro­du­tivo na­ci­onal.

Disso é exemplo o Porto de Sines, cujo po­ten­cial de ex­pansão é re­co­nhe­ci­da­mente enorme em todas as ver­tentes do sector ma­rí­timo-por­tuário. Isso mesmo é su­bli­nhado nas con­clu­sões das Jor­nadas, tal como nelas está ex­pressa a pre­o­cu­pação do PCP pelas «im­pli­ca­ções para o am­bi­ente, para o sector das pescas, para as po­pu­la­ções em geral» das op­ções exis­tentes para aquele ter­ri­tório, que na sua pers­pec­tiva «devem ser acau­te­ladas». E nesse sen­tido, vi­sando dotar o País de ca­pa­ci­dade de res­posta face às ame­aças am­bi­en­tais, foi de­ci­dido pelos de­pu­tados co­mu­nistas pro­mover o agen­da­mento de um di­ploma seu sobre o com­bate à po­luição no mar por hi­dro­car­bo­netos.

Mo­bi­li­dade e trans­portes

Em des­taque nas Jor­nadas es­teve, ainda, o sis­tema de trans­portes, aces­si­bi­li­dades e mo­bi­li­dade. No que toca à fer­rovia, são dois os di­plomas já ul­ti­mados: um, visa de­volver às po­pu­la­ções do dis­trito de Se­túbal e do Alen­tejo as li­ga­ções re­gi­o­nais por com­boios que lhes foram re­ti­radas pelo an­te­rior go­verno PSD/​CDS, pro­pondo a re­po­sição e de­sen­vol­vi­mento do ser­viços fer­ro­viário re­gi­onal no Sul do País; o outro, com dis­cussão para muito em breve, re­fere-se à EMEF e ao Plano Na­ci­onal de Ma­te­rial Cir­cu­lante Fer­ro­viário, tendo em vista o re­forço da frota de ma­te­rial cir­cu­lante da CP, col­matar ca­rên­cias, repor com­boios ao ser­viço, re­forçar em pes­soal as ofi­cinas da­quela em­presa de ma­nu­tenção, sua mo­der­ni­zação e de­fesa como «ele­mento es­tra­té­gico da fer­rovia na­ci­onal».

Por úl­timo, no plano da ro­dovia, a pri­o­ri­dade vai para uma ini­ci­a­tiva que tem por ob­jec­tivo a con­clusão do IP8 entre Sines e Vila Verde de Fi­calho, a par do in­ves­ti­mento na rede ro­do­viária e do cum­pri­mento in­te­gral do Plano Ro­do­viário Na­ci­onal na re­gião Alen­tejo.

As PPP ro­do­viá­rias – «exemplo dos mais cho­cantes de ra­pina de re­cursos pú­blicos para be­ne­fí­cios dos grandes grupos eco­nó­micas», como as de­finiu João Oli­veira – também não foram es­que­cidas, com o PCP a não con­formar-se com o facto de esse au­tên­tico saque ter a agra­vante de que os li­tí­gios emer­gentes dos con­tratos ce­le­brados entre o Es­tado e as con­ces­si­o­ná­rias serem sub­me­tidos a ar­bi­tra­gens (uma forma de jus­tiça pri­vada em vez dos tri­bu­nais) que ter­minam, in­va­ri­a­vel­mente, com graves pre­juízos fi­nan­ceiros para o Es­tado.

Daí o PCP ter na calha, em nome da mais ele­mentar de­fesa do in­te­resse pú­blico, um pro­jecto de lei para proibir o Es­tado de re­correr à ar­bi­tragem como forma de re­so­lução de li­tí­gios que o en­volvam em ma­téria ad­mi­nis­tra­tiva e fiscal, no­me­a­da­mente em ma­téria de con­tra­tação pú­blica.

Re­trato com­pleto

No Li­toral Alen­te­jano lo­ca­liza-se o maior com­plexo ener­gé­tico e pe­troquí­mico, bem como um dos prin­ci­pais portos do País (Sines é o maior de águas pro­fundas), além de um im­por­tante porto de pescas. Pre­sentes na re­gião estão ainda re­le­vantes em­presas e uni­dades pro­du­tivas na­ci­o­nais, da in­dús­tria ao tu­rismo, à hor­to­fru­tí­cola, à pro­dução de arroz e de pi­nhão.

Enorme po­ten­cial tem igual­mente a agri­cul­tura, a pe­cuária e as pescas no con­junto de um ter­ri­tório rico na in­di­vi­du­a­li­dade das suas gentes, na sua di­ver­si­dade pai­sa­gís­tica, onde o in­te­rior mais rural co­e­xiste com uma ex­tensa faixa li­toral.

Esta é, pois, sem margem para dú­vida, uma re­gião es­tra­té­gica para o País, com um enorme po­ten­cial capaz de con­tri­buir para o re­forço da eco­nomia na­ci­onal, para a cri­ação de em­prego. In­fe­liz­mente, não é isso que acon­tece, e as ra­zões para que assim seja estão há muito iden­ti­fi­cadas, de­sig­na­da­mente duas: uma, a «falta de pla­ne­a­mento es­tra­té­gico na­ci­onal»; a outra, «op­ções po­lí­ticas er­radas» sempre no sen­tido de «fa­vo­recer o ca­pital e não o de­sen­vol­vi­mento in­te­grado da re­gião».

Foi essa re­a­li­dade que os de­pu­tados co­mu­nistas pu­deram tes­te­mu­nhar nestes dois dias de tra­balho nos con­ce­lhos de Grân­dola, San­tiago do Cacém, Sines e Ode­mira, em cerca de de­zena e meia de vi­sitas, reu­niões e en­con­tros com tra­ba­lha­dores e suas es­tru­turas re­pre­sen­ta­tivas (ORT do Li­toral Alen­te­jano e da Re­fi­naria da Pe­trogal), com pes­ca­dores, com agri­cul­tores e res­pec­tivas as­so­ci­a­ções (Be­ne­fi­ciá­rios do Mira, Al­cácer do Sal, Dis­trito de Se­túbal), com a po­pu­lação (Roncão e Canal Ca­veira), en­ti­dades como o Hos­pital do Li­toral Alen­te­jano, a Do­ca­pesca, o Porto de Sines, a Es­cola Se­cun­dária Padre An­tónio Ma­cedo, os Bom­beiros de Grân­dola.

Luta pelos di­reitos

Ob­jecto de de­núncia nas Jor­nadas foi o re­cente des­pacho do Go­verno que afronta o di­reito à greve na Pe­trogal e con­traria de­ci­sões ju­di­ciais, tendo os de­pu­tados co­mu­nistas as­su­mido o com­pro­misso de in­tervir para ga­rantir o «efec­tivo cum­pri­mento dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores».

A con­cre­ti­zação dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores da ad­mi­nis­tração pú­blica no que res­peita ao des­con­ge­la­mento da pro­gressão nas car­reiras, pro­blema com que se de­batem pro­fes­sores, pro­fis­si­o­nais dos ser­viços e forças de se­gu­rança, das Forças Ar­madas, da jus­tiça e de ou­tros sec­tores com car­reiras es­pe­cí­ficas, é outro ob­jec­tivo de que o PCP não ab­dica ainda em ma­téria la­boral, as­se­verou João Oli­veira.

Ga­ran­tida está, ainda, a apre­sen­tação de uma ini­ci­a­tiva le­gis­la­tiva para su­prir a ca­rência de tra­ba­lha­dores na Es­cola Pú­blica, de­sig­na­da­mente de au­xi­li­ares de acção edu­ca­tiva e de téc­nicos es­pe­ci­a­li­zadas de edu­cação.





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