Fa­leceu no dia 8 de Agosto, aos 81 anos, o ca­ma­rada Victor Pedro da Glória Silva. Tra­ba­lhador ban­cário, foi um ac­ti­vista e di­ri­gente sin­dical pres­ti­giado, no­me­a­da­mente no Sin­di­cato Na­ci­onal dos Em­pre­gados Ban­cá­rios de Lisboa e, nessa qua­li­dade, par­ti­cipou na fun­dação da In­ter­sin­dical Na­ci­onal.

Tendo abra­çado desde cedo a luta an­ti­fas­cista, no­me­a­da­mente com a par­ti­ci­pação no III Con­gresso da Opo­sição De­mo­crá­tica em Aveiro, Victor Silva aderiu ao PCP antes do 25 de Abril e foi du­rante muitos anos membro da Di­recção do Sector dos Ban­cá­rios da DORL. Nos úl­timos anos a sua prin­cipal ac­ti­vi­dade es­teve li­gada à Secção In­ter­na­ci­onal onde com grande sen­tido de res­pon­sa­bi­li­dade e com­pe­tência cum­priu as múl­ti­plas ta­refas que lhe foram atri­buídas, com­bi­nando a fir­meza na de­fesa da ori­en­tação do seu par­tido de sempre com grande sen­si­bi­li­dade para o tra­balho de uni­dade em torno de ob­jec­tivos con­cretos de ca­rácter de­mo­crá­tico, anti-fas­cista, anti-im­pe­ri­a­lista, de so­li­da­ri­e­dade com os povos.

Victor Silva de­sen­volveu ac­ti­vi­dade no plano as­so­ci­a­tivo e cul­tural, mas foi na frente da luta pelo De­sar­ma­mento e a Paz e da So­li­da­ri­e­dade In­ter­na­ci­o­na­lista que as­sumiu par­ti­cu­lares res­pon­sa­bi­li­dades, tendo sido du­rante muitos anos membro da Di­recção do Con­selho Por­tu­guês Para a Paz e a Co­o­pe­ração (CPPC) de que foi Vice-Pre­si­dente. Ac­tu­al­mente, in­te­grava a Di­recção do Mo­vi­mento Pelos Di­reitos do Povo Pa­les­ti­niano e pela Paz no Médio Ori­ente (MPPM).

Como su­bli­nhou o ca­ma­rada Al­bano Nunes, da Co­missão Cen­tral de Con­trolo, no elogio fú­nebre em nome da Di­recção do PCP, Victor Silva foi «um ca­ma­rada e um amigo com uma vida de de­di­cação mi­li­tante e de­sin­te­res­sada à de­fesa das as­pi­ra­ções e di­reitos dos tra­ba­lha­dores, à causa da Paz e da So­li­da­ri­e­dade com todos os povos ví­timas da in­ge­rência e agressão do im­pe­ri­a­lismo, à luta pela Li­ber­dade, a De­mo­cracia e o So­ci­a­lismo».