Enfermeiros pela progressão

Pros­se­guem até final deste mês as greves, a nível de ins­ti­tui­ções de Saúde, pro­mo­vidas pelo Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses, no quadro da cam­panha «Pro­gressão é, afinal, ilusão? Exi­gimos que não seja!».

Nas pa­ra­li­sa­ções que ocor­reram no Centro Hos­pi­talar de Leiria e no Centro Hos­pi­talar da Póvoa do Varzim e Vila do Conde, dia 14 (terça-feira), na Uni­dade Local de Saúde da Guarda, dia 16 (quinta-feira), no Centro Hos­pi­talar Uni­ver­si­tário e na ARS do Al­garve, dia 17, e no Centro Hos­pi­talar Ton­dela Viseu, dia 21, re­pe­tiram-se os ní­veis ele­vados de adesão ve­ri­fi­cados em Lisboa, Coimbra e Évora, nos dias 8 a 10.

As greves abrangem ainda o Hos­pital Dis­trital da Fi­gueira da Foz e o Centro Hos­pi­talar Uni­ver­si­tário Cova da Beira (ontem, dia 22), o Hos­pital de Bar­celos e o Centro Hos­pi­talar Médio Ave (hoje), o Centro Hos­pi­talar de Entre o Douro e Vouga (dia 29) e o Centro Hos­pi­talar de Trás-Os-Montes e Alto Douro (dia 30).

O SEP/​CGTP-IN e os en­fer­meiros exigem que o tempo de ser­viço pres­tado no pe­ríodo de con­ge­la­mento das pro­gres­sões seja con­si­de­rado para va­lo­ri­zação sa­la­rial.

Na in­for­mação di­vul­gada pelo sin­di­cato, re­corda-se que em 2008 foi im­posta aos en­fer­meiros a con­versão dos anos de ser­viço em pontos, a con­si­derar desde 2004. Para o SEP, cum­prindo o Or­ça­mento do Es­tado de 2018, que con­sagra o des­con­ge­la­mento das pro­gres­sões, as ad­mi­nis­tra­ções têm o poder para atri­buir a todos os en­fer­meiros 1,5 pontos por ano, de 2004 a 2014, mais um ponto em 2015 e outro em 2016. O re­po­si­ci­o­na­mento no valor mí­nimo da ta­bela re­mu­ne­ra­tória não deve ser con­si­de­rado como pro­gressão.

Mantêm-se, em si­mul­tâneo, ou­tras rei­vin­di­ca­ções dos en­fer­meiros, de­sig­na­da­mente: o pa­ga­mento do su­ple­mento re­mu­ne­ra­tório a todos os en­fer­meiros es­pe­ci­a­listas, a con­tra­tação de mais pro­fis­si­o­nais, a apli­cação efec­tiva e ge­ne­ra­li­zada das 35 horas se­ma­nais e o pa­ga­mento da dí­vida por tra­balho re­a­li­zado em horas extra, folgas e fe­ri­ados.

A ne­go­ci­ação da car­reira de En­fer­magem, de modo a re­flectir-se no Or­ça­mento do Es­tado para 2019, seria o ponto prin­cipal de uma reu­nião de seis sin­di­catos (entre os quais, o SEP), que no dia 6 foi mar­cada para ontem.

 



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