Questões económicas dominam cimeira da SADC

IN­TEGRAÇÃO For­mada por 16 países, com 300 mi­lhões de ha­bi­tantes, a Co­mu­ni­dade de De­sen­vol­vi­mento da África Aus­tral (SADC), fun­dada em 1980, tra­balha na cons­trução da in­te­gração eco­nó­mica re­gi­onal.

Dia da Li­ber­tação da África Aus­tral ce­lebra Cuito-Cu­a­na­vale

A continuação da industrialização dos países membros e o processo de integração económica regional estiveram no centro dos debates da 38.ª Cimeira da SADC, realizada a 17 e 18 de Agosto em Windhoek, a capital namibiana.

A pre­si­dência ro­ta­tiva da or­ga­ni­zação passou do chefe do Es­tado da África do Sul, Cyril Ra­maphosa, para o seu ho­mó­logo da Na­míbia, Hage Geingob.

A SADC, agora com 16 mem­bros, após a in­te­gração das Co­mores, adoptou por una­ni­mi­dade o 23 de Março como Dia da Li­ber­tação da África Aus­tral. Nessa data, em 1988, forças mi­li­tares an­go­lanas, apoi­adas por tropas cu­banas, der­ro­taram o então exér­cito ra­cista sul-afri­cano, na ba­talha de Cuito-Cu­a­na­vale, abrindo ca­minho à in­de­pen­dência da Na­míbia e ao des­man­te­la­mento do apartheid na África do Sul.

Foram os as­suntos eco­nó­micos que do­mi­naram a agenda, no­me­a­da­mente, a in­te­gração eco­nó­mica re­gi­onal em be­ne­fício da me­lhoria das con­di­ções de vida dos povos. Uma das ques­tões a que a SADC dá pri­o­ri­dade é im­pul­si­onar a in­dus­tri­a­li­zação, para a cri­ação de pro­dutos de valor acres­cen­tado, pro­cesso em que o sector pri­vado é con­si­de­rado um par­ceiro im­por­tante.

O pre­si­dente Cyril Ra­maphosa fez um ba­lanço do tra­balho re­a­li­zado em 2017-2018 pelo seu país à frente do bloco da África Aus­tral, tendo afir­mado que «como lí­deres desta re­gião, temos a res­pon­sa­bi­li­dade de dar pri­o­ri­dade às ne­ces­si­dades dos nossos povos e en­con­trar so­lu­ções du­ra­douras e sus­ten­tá­veis para vencer a po­breza, a de­si­gual­dade e o sub­de­sen­vol­vi­mento».

Aos tra­ba­lhos da ci­meira, que es­co­lheu como tema cen­tral «Pro­mover o de­sen­vol­vi­mento das infra-es­tru­turas e o re­forço do poder da ju­ven­tude em prol do de­sen­vol­vi­mento sus­ten­tável», as­sistiu o pre­si­dente em exer­cício da União Afri­cana. Paul Ka­game, também pre­si­dente do Rwanda, lem­brou que a se­gu­rança e a es­ta­bi­li­dade são con­di­ções fun­da­men­tais para cum­prir a agenda do con­ti­nente e re­alçou a im­por­tância da re­gião aus­tral para o pro­gresso de toda a África.

A SADC tem as suas raízes nos anos 60 e 70 do sé­culo XX, quando lí­deres da África Aus­tral e dos mo­vi­mentos de li­ber­tação na­ci­onal da re­gião co­or­de­naram as suas lutas para pôr termo ao co­lo­ni­a­lismo e à se­gre­gação ra­cial nos seus países.

Criada ofi­ci­al­mente em 1980, in­tegra hoje An­gola, Botswana, Re­pú­blica De­mo­crá­tica do Congo, Le­soto, Ma­da­gáscar, Ma­lawi, Mau­rí­cias, Mo­çam­bique, Na­míbia, Sey­chelles, África do Sul, Swa­zi­lândia (agora re­bap­ti­zada Eswa­tini), Tan­zânia, Zâmbia, Zim­babwe e Co­mores.




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