Redução dos custos é essencial para promover o transporte público

O PCP re­agiu no dia 2, em nota de im­prensa, ao anúncio de uma even­tual re­dução dos custos de acesso ao trans­porte pú­blico na Área Me­tro­po­li­tana de Lisboa (AML). Co­me­çando por re­cordar que sempre de­fendeu o acesso aos trans­portes pú­blicos com custos re­du­zidos para os utentes, o PCP lembra igual­mente que em 2016 propôs a cri­ação de um passe so­cial in­ter­modal único para toda a AML, pro­posta que ob­teve o acordo de todos os mu­ni­cí­pios en­vol­vidos na pro­posta. Tal pro­jecto não se con­cre­tizou por falta de apoio do PSD, CDS-PP, do PS, que o chum­baram, e do BE, que se abs­teve.

Este passe vi­sava a cri­ação de um tí­tulo de trans­porte único para todos as co­roas, vá­lido em todas as ope­ra­doras de trans­porte, pú­blicas ou pri­vadas, de ma­neira a que se as­se­gu­rasse uma re­dução de custos para todos os utentes, in­de­pen­den­te­mente da sua origem e des­tino. Pro­posta se­me­lhante foi feita para a Área Me­tro­po­li­tana do Porto. Os co­mu­nistas de­fendem, aliás, a ne­ces­si­dade de con­ferir às po­pu­la­ções de todo o ter­ri­tório na­ci­onal – e não apenas às dos grandes aglo­me­rados ur­banos – o acesso efec­tivo ao trans­porte pú­blico como prin­cipal ga­rante do di­reito à mo­bi­li­dade.

Como su­blinha o PCP na nota que emitiu no dia 2, dé­cadas de po­lí­tica de di­reita le­varam os trans­portes pú­blicos ao es­tado em que hoje se en­con­tram. É, pois, es­sen­cial de­sen­volver uma po­lí­tica que res­peite os utentes e va­lo­rize os ser­viços, através de po­lí­ticas pú­blicas de in­ves­ti­mentos nas infra-es­tru­turas, equi­pa­mentos e ma­te­rial cir­cu­lante, as­sente num sector de trans­portes com fortes, di­nâ­micas e efi­cazes em­presas pú­blicas.

«O PCP não des­per­diçou, nem des­per­di­çará, ne­nhuma pos­si­bi­li­dade de in­tervir e lutar para as­se­gurar o di­reito das po­pu­la­ções a trans­portes pú­blicos de qua­li­dade, fiá­veis, re­gu­lares, aces­sí­veis e a custos re­du­zidos para os seus utentes», lê-se no final da nota. Para o PCP, a pro­posta que foi agora anun­ciada, e que está em con­si­de­ração pelo con­junto de mu­ni­cí­pios que in­te­gram a AML, po­derá cons­ti­tuir, se pre­en­chidas as con­di­ções es­sen­ciais para a sua vi­a­bi­li­zação, uma so­lução à questão da mo­bi­li­dade da po­pu­lação da grande Lisboa.





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