O povo feliz de novo com Haddad e Manuela

BRASIL Es­tudos de opi­nião sobre as elei­ções pre­si­den­ciais bra­si­leiras in­dicam a pro­ba­bi­li­dade de uma se­gunda volta entre os can­di­datos Fer­nando Haddad, do PT, e Jair Bol­so­naro, de ex­trema-di­reita.

Vi­tória da de­mo­cracia de­pende de uma cam­panha com ampla mo­bi­li­zação

Com Lula da Silva preso desde Abril e im­pe­dido de can­di­datar-se pelos tri­bu­nais – todas as son­da­gens apon­tavam para a sua vi­tória nas pre­si­den­ciais bra­si­leiras –, o Par­tido dos Tra­ba­lha­dores (PT), por pro­posta do pró­prio ex-pre­si­dente, de­cidiu subs­tituí-lo por Fer­nando Haddad, an­tigo pre­feito de S. Paulo e mi­nistro da Edu­cação dos go­vernos de Lula e Dilma Roussef.

Haddad é, pois, o can­di­dato a pre­si­dente da Re­pú­blica do Brasil pela co­li­gação «O povo feliz de novo», for­mada pelo PT, pelo Par­tido Co­mu­nista do Brasil (PCdoB) e pelo Par­tido Re­pu­bli­cano da Ordem So­cial (PROS). A co­mu­nista Ma­nuela d’Ávila é a can­di­data da co­li­gação à vice-pre­si­dência.

Em­bora co­me­çando com atraso a cam­panha elei­toral – o re­gisto foi feito só no dia 11 e a pri­meira volta está mar­cada para 7 de Ou­tubro –, Haddad e Ma­nuela em poucos dias foram am­pla­mente re­co­nhe­cidos como os can­di­datos apoi­ados pelos tra­ba­lha­dores e, so­bre­tudo, os que po­derão tornar o povo feliz de novo, com as suas pro­postas para um Brasil de­mo­crá­tico, pro­gres­sista e so­be­rano.

No início desta se­mana foram di­vul­gados quatro es­tudos sobre as in­ten­ções de voto dos bra­si­leiros nas elei­ções pre­si­den­ciais (re­a­li­zados pelo Ibope, Da­ta­folha, Vox Po­puli e CNT), cujos re­sul­tados apontam para uma se­gunda volta entre Fer­nando Haddad e Jair Bol­so­naro, can­di­dato da ex­trema-di­reita – um con­fronto, se­gundo al­guns ana­listas, entre «a de­mo­cracia e a bar­bárie».

A mais re­cente son­dagem, da Con­fe­de­ração Na­ci­onal do Trans­porte (CNT), re­a­li­zada entre os dias 13 e 15, prevê 28,2% de apoio a Bol­so­naro, do Par­tido So­cial Li­beral (PSL), e 17,6% a Haddad. Vêm de­pois Ciro Gomes, do Par­tido De­mo­crá­tico Tra­ba­lhista (PDT), com 10,8%; Ge­raldo Alckmin, do Par­tido da So­cial De­mo­cracia Bra­si­leira (PSDB), com 6,1%; e Ma­rina Silva (REDE), com 4,1% das in­ten­ções de voto.

«O golpe está aca­bando»

Numa acção de cam­panha, no sá­bado, 15, em Vi­tória da Con­quista, na Bahia, onde par­ti­cipou de uma ca­mi­nhada ao lado de Ma­nuela d’Ávila, Haddad falou de Lula: «Pode estar preso mas as ideias, o pro­jecto e a mi­li­tância dele, não. Temos que dar uma res­posta ao golpe e esse dia está che­gando, é o dia 7 de Ou­tubro. O golpe está aca­bando, o Brasil é nosso».

Para o PCdoB, a ac­tual cam­panha para as elei­ções pre­si­den­ciais «de­cide o fu­turo do Brasil». Os co­mu­nistas de­fendem que a vi­tória das forças de­mo­crá­ticas e pro­gres­sistas de­pende de uma cam­panha com «in­tensa e ampla mo­bi­li­zação» e com «muita au­dácia».




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