Exigidos 50 euros nas indústrias e nos transportes

Na con­tra­tação co­lec­tiva e nos ca­dernos rei­vin­di­ca­tivos a apre­sentar nas em­presas das in­dús­trias me­ta­lúr­gicas, quí­micas, eléc­tricas, far­ma­cêu­tica, ce­lu­lose, papel, grá­fica, im­prensa, energia e minas, os sin­di­catos da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN vão mo­bi­lizar os tra­ba­lha­dores para a luta pelo au­mento real dos sa­lá­rios, co­lo­cando como ob­jec­tivo uma su­bida de, pelo menos, 50 euros na re­mu­ne­ração-base.
Esta meta consta da re­so­lução apro­vada a 21 de Se­tembro, num en­contro na­ci­onal que reuniu em Ten­túgal re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores da­queles sec­tores de ac­ti­vi­dade.
Além do au­mento real dos sa­lá­rios, foram apro­vadas li­nhas de acção para: eli­mi­nação das dis­cri­mi­na­ções e va­lo­ri­zação dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores; co­lo­cação em con­tratos efec­tivos de todos os tra­ba­lha­dores com vín­culo pre­cário; com­bate contra o agra­va­mento e a des­re­gu­lação dos ho­rá­rios de tra­balho e pela sua re­dução para 35 horas se­ma­nais; re­po­sição do valor de re­tri­buição do tra­balho ex­tra­or­di­nário; efec­ti­vação da for­mação pro­fis­si­onal para todos os tra­ba­lha­dores; me­lhoria das con­di­ções de tra­balho.
Na re­so­lução, no quadro de uma visão es­tra­té­gica, de­fende-se que «o País ne­ces­sita de uma in­dús­tria forte e am­bi­en­tal­mente sus­ten­tável, que per­mita di­mi­nuir as de­si­gual­dades na dis­tri­buição do ren­di­mento, cri­ando em­prego es­tável».

No dia 23, numa reu­nião de qua­dros sin­di­cais, a Fe­de­ração dos Trans­portes e Co­mu­ni­ca­ções (Fec­trans/​CGTP-IN) aprovou as prin­ci­pais li­nhas rei­vin­di­ca­tivas para os pró­ximos tempos. Foi des­ta­cada a exi­gência de au­mento dos sa­lá­rios, pre­co­ni­zando uma ac­tu­a­li­zação mí­nima de 50 euros na re­mu­ne­ração mensal de cada tra­ba­lhador e ad­mi­tindo pro­postas mais ele­vadas, de acordo com as es­pe­ci­fi­ci­dades de cada em­presa e sector. Este ob­jec­tivo é com­ple­tado com a rei­vin­di­cação de que os sa­lá­rios mais baixos nestes sec­tores se si­tuem, pelo menos, 20 euros acima do valor que a CGTP-IN propõe para o sa­lário mí­nimo na­ci­onal.
No do­cu­mento co­meça-se por fazer um ba­lanço dos au­mentos e acordos con­se­guidos du­rante este ano, como prova das «po­ten­ci­a­li­dades que temos na acção e na luta rei­vin­di­ca­tiva, sem ig­norar di­fi­cul­dades que têm de ser su­pridas com a acção co­lec­tiva».
A Fec­trans e os seus sin­di­catos de­fendem a re­dução do ho­rário de tra­balho para 35 horas se­ma­nais e sete horas diá­rias, a de­fesa e alar­ga­mento da con­tra­tação co­lec­tiva, a re­dução da idade da re­forma, o com­bate sem ce­dên­cias à pre­ca­ri­e­dade de em­prego. Nestes ob­jec­tivos é in­cluída igual­mente a de­fesa do ser­viço pú­blico.

 



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