Unir esforços e vontades para defender a paz

«Um sé­culo após o ar­mis­tício, são muitas as li­ções da I Guerra Mun­dial que im­porta reter. Desde logo, é im­por­tante ter pre­sente que a guerra das po­tên­cias im­pe­ri­a­listas tem sempre mo­ti­va­ções eco­nó­micas e geo-es­tra­té­gicas, por mais que se es­condam por de­trás de prin­cí­pios apa­ren­te­mente ge­ne­rosos como a de­fesa da “ci­vi­li­zação”, da “de­mo­cracia” ou dos “di­reitos hu­manos”. Hoje, as ten­ta­tivas de­ses­pe­radas dos EUA, a que se juntam in­te­resses igual­mente im­por­tantes da União Eu­ro­peia e seus ali­ados, de­sig­na­da­mente no âm­bito da NATO – as­sentes na pro­li­fe­ração da in­ge­rência, chan­tagem e guerras de agressão, no mi­li­ta­rismo e no des­res­peito pelo di­reito in­ter­na­ci­onal –, para travar o seu de­clínio re­la­tivo e conter o de­sen­vol­vi­mento da China e a afir­mação da Fe­de­ração Russa, re­pre­sentam pe­rigos reais para a Hu­ma­ni­dade a que o mo­vi­mento da paz deve dar res­posta» – afirma o Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC), a pro­pó­sito do 100 anos do fim da I Guerra Mun­dial.

É fun­da­mental também re­tirar as ila­ções ne­ces­sá­rias da de­sas­trosa par­ti­ci­pação de Por­tugal na Guerra, es­creve o CPPC: «Das mo­ti­va­ções – a ma­nu­tenção do im­pério co­lo­nial e a afir­mação in­ter­na­ci­onal da Re­pú­blica – à forma con­creta que as­sumiu – carne para ca­nhão su­bor­di­nada às forças bri­tâ­nicas –, essa par­ti­ci­pação foi a de um país su­bal­terno, sem uma po­lí­tica ex­terna in­de­pen­dente, ao ser­viço das mai­ores po­tên­cias da época. Em pleno sé­culo XXI, Por­tugal não deve as­sumir uma pos­tura se­me­lhante».

O CPPC re­a­firma «o com­pro­misso com a cri­ação de uma ampla con­ver­gência de von­tades» em de­fesa da paz, do de­sar­ma­mento, do pro­gresso, da so­li­da­ri­e­dade.




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