Partido Trabalhista rejeita acordo com UE sobre Brexit

O líder do Par­tido Tra­ba­lhista bri­tâ­nico, Je­remy Corbyn, dis­corda do acordo sobre o Brexit al­can­çado entre Lon­dres e Bru­xelas. «Não creio que o acordo ac­tual res­ponda às ne­ces­si­dades do país», disse, con­si­de­rando, con­tudo, que é im­pos­sível travar o pro­cesso de saída do Reino Unido da União Eu­ro­peia (UE).

Para Corbyn, não há opção: vai chegar a data do início da se­pa­ração e o país terá um go­verno que não con­se­guiu os seus ob­jec­tivos. O líder tra­ba­lhista re­cusa também um se­gundo re­fe­rendo, «uma opção para o fu­turo, não para hoje».

Corbyn prevê um ca­minho com­pli­cado para o Reino Unido e ad­mite a pos­si­bi­li­dade de elei­ções ge­rais an­te­ci­padas se fa­lhar a ini­ci­a­tiva da pri­meira-mi­nistra, The­resa May, de fazer aprovar o acordo com a UE no par­la­mento bri­tâ­nico, onde en­con­trará opo­sição tanto no in­te­rior do seu Par­tido Con­ser­vador como entre tra­ba­lhistas, li­be­rais-de­mo­cratas e na­ci­o­na­listas es­co­ceses.

O Reino Unido sairá ofi­ci­al­mente da UE a 29 de Março de 2019, e, de­pois disso, até 31 de De­zembro de 2020, há um pe­ríodo de tran­sição em que con­ti­nu­arão vi­gentes as nor­ma­tivas co­mu­ni­tá­rias eu­ro­peias.

Lon­dres e Bru­xelas de­verão selar o acordo sobre o Brexit na ci­meira ex­tra­or­di­nária de chefes de Es­tado e de go­verno da UE que se re­a­liza na ca­pital belga no pró­ximo dia 25.

De­pois, o acordo ainda será sub­me­tido à apro­vação dos par­la­mentos bri­tâ­nico e eu­ropeu.

A de­fesa dos di­reitos
da co­mu­ni­dade por­tu­guesa

João Fer­reira, membro do Co­mité Cen­tral do PCP e de­pu­tado ao Par­la­mento Eu­ropeu, des­loca-se a Lon­dres para um en­contro/​de­bate sobre a «Saída do Reino Unido da UE – A de­fesa dos di­reitos da co­mu­ni­dade por­tu­guesa».

A sessão, aberta ao pú­blico, re­a­liza-se no pró­ximo dia 1 de De­zembro, às 15 e 30 horas, na Hackney Cy­priot As­so­ci­a­tion.

A poucos meses da saída do de Lon­dres da União Eu­ro­peia, ainda sub­sistem na co­mu­ni­dade por­tu­guesa que vive no Reino Unido muitas dú­vidas e pre­o­cu­pa­ções quanto ao fu­turo, a exigir um maior es­forço de es­cla­re­ci­mento e de di­vul­gação de di­reitos.

Para o PCP, é fun­da­mental que sejam sal­va­guar­dados os di­reitos dos emi­grantes como os di­reitos la­bo­rais, o di­reito de re­si­dência, de igual­dade de tra­ta­mento, de acesso aos ser­viços pú­blicos, à por­ta­bi­li­dade das pres­ta­ções de se­gu­rança so­cial, ao re­a­gru­pa­mento fa­mi­liar ou ao re­co­nhe­ci­mento mútuo de di­plomas aca­dé­micos e qua­li­fi­ca­ções aca­dé­micas, entre ou­tros.




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