Solidariedade com estivadores de Setúbal

O Go­verno deve in­tervir para pôr termo à des­re­gu­lação la­boral no porto de Se­túbal, de­fendeu an­te­ontem, dia 20, o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN, numa ini­ci­a­tiva pú­blica de so­li­da­ri­e­dade com a greve dos es­ti­va­dores, ini­ciada dia 5 e que (jun­tando-se à re­cusa de tra­balho su­ple­mentar, em vigor até Ja­neiro, contra a dis­cri­mi­nação sin­dical nos portos de Lei­xões, Praia da Vi­tória e Ca­niçal) mantém ali pra­ti­ca­mente pa­ra­li­sada a ac­ti­vi­dade por­tuária.

Na sessão, re­a­li­zada na Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal de Se­túbal, Ar­ménio Carlos re­clamou ainda que o Go­verno ga­ranta que é cum­prido o prin­cípio da ne­go­ci­ação da con­tra­tação co­lec­tiva. É pos­sível ul­tra­passar o con­flito, se as em­presas por­tuá­rias cor­res­pon­derem à dis­po­ni­bi­li­dade para novas reu­niões, na terça-feira pro­postas à as­so­ci­ação Anesul pelo Sin­di­cato dos Es­ti­va­dores e da Ac­ti­vi­dade Lo­gís­tica, sa­li­entou.

Nesta acção, pro­mo­vida pela União dos Sin­di­catos do dis­trito e em que par­ti­cipou também o pre­si­dente do SEAL, An­tónio Ma­riano, voltou a ser co­lo­cado o en­foque no facto de 90 por cento dos tra­ba­lha­dores serem con­tra­tados ao turno, al­guns deles há mais de 20 anos.

A pro­pó­sito dos co­men­tá­rios pa­tro­nais e do Go­verno, sobre o facto de al­guns mi­lhares de veí­culos da Au­to­eu­ropa não po­derem ser car­re­gados, a União ob­servou, dia 16, que «se estes tra­ba­lha­dores pa­raram o porto de Se­túbal com a greve, é porque fazem falta todos os dias». Assim, bas­taria a Ope­res­tiva, a Sa­do­port e a Na­vipor as­su­mirem a con­tra­tação com vín­culo efec­tivo para ter­minar o con­flito, co­mentou a es­tru­tura dis­trital da CGTP-IN, no dia em que Ar­ménio Carlos se des­locou às ins­ta­la­ções por­tuá­rias para saudar os tra­ba­lha­dores em luta.

Um es­pe­cial alerta foi lan­çado para hoje, de­pois de o SEAL ter re­ve­lado que era es­pe­rado um «navio fan­tasma» de trans­porte de veí­culos au­to­mó­veis, omi­tido na lista de che­gadas da Ad­mi­nis­tração do Porto de Se­túbal e Se­simbra.

 



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