Governo pode evitar greve dos enfermeiros

No final da reunião de negociação da carreira de Enfermagem, dia 4, a CNESE (comissão negociadora sindical constituída pelo SEP/CGTP-IN e o Sindicato dos Enfermeiros da RA da Madeira) reafirmou as três condições imprescindíveis para que o processo negocial tenha continuidade. Esses três pontos surgem igualmente como objectivos da greve convocada para 22 a 25 deste mês, nos turnos da manhã e da tarde, com impacto regional em cada dia.

O SEP e o SERAM pretendem que, até à ronda negocial marcada para amanhã, dia 11, o Governo apresente soluções para:
– Descongelamento das progressões, com contagem de 1,5 pontos no período 2004‑2014, sem que o reposicionamento remuneratório (1200 euros) seja considerado progressão e aplicando os mesmos critérios aos enfermeiros CIT (em contrato individual de trabalho);
– Pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas;
– Admissão de mais 1500 enfermeiros este ano.

No dia 4, os representantes do Governo (ministérios da Saúde e das Finanças) não apresentaram uma nova versão do diploma sobre a carreira, mas admitiram consagrar a categoria de enfermeiro especialista. A CNESE explicou, numa nota de dia 7, que exige prévia solução para os descongelamentos e continua a nada opor à criação da categoria, desde que seja mantida ou melhorada a evolução salarial que hoje vigora.

Pela justa contagem dos pontos (tempo de serviço), para efeitos de progressão, fizeram greve anteontem, dia 8, os enfermeiros do Instituto Português de Oncologia, em Lisboa, indicando o SEP uma adesão de 90 por cento, no turno da manhã. Aqui, à semelhança de outras instituições, foi também entregue um abaixo-assinado de apoio a esta reivindicação.

Trabalho nocturno

Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo o suplemento remuneratório do turno da tarde (por serviço em horário nocturno) está finalmente a ser contado a partir das 20 horas e a todos os enfermeiros, anunciou o SEP no dia 7. Durante vários anos, os enfermeiros CIT apenas recebiam este suplemento a partir das 22 horas.
Para o sindicato, a deliberação da administração da ULSBA diminui a discriminação, mas «muito ainda há por fazer».

 



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