Jerónimo de Sousa no debate quinzenal com o primeiro-ministro

Defender a ADSE e resistir à chantagem

Je­ró­nimo de Sousa não perdeu a opor­tu­ni­dade para se in­surgir de novo contra o que ape­lidou de «chan­tagem» mo­vida por al­guns dos grandes grupos pri­vados pres­ta­dores de cui­dados de saúde, ad­mi­tindo que os con­tornos desta ope­ração vão muito para além da obri­ga­to­ri­e­dade de de­vol­verem os 38 mi­lhões de euros fac­tu­rados de forma ilí­cita.

«Es­tamos pe­rante uma ope­ração de chan­tagem, de quem faz da saúde dos por­tu­gueses um ne­gócio e que por isso olha para o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde como um con­cor­rente que im­porta des­va­lo­rizar e re­duzir a sua ac­ti­vi­dade, até à sua ex­tinção, ou uti­lizar para trans­ferir di­nheiro pú­blico para acu­mular nos seus lu­cros», con­denou o res­pon­sável co­mu­nista.

Daí querer saber se o Go­verno está ou não dis­po­nível «para tudo fazer» - no­me­a­da­mente através do re­forço do SNS, ou mesmo por via da re­qui­sição dos ser­viços destes grupos, caso seja ne­ces­sário – no sen­tido de ga­rantir a pres­tação de cui­dados aos be­ne­fi­ciá­rios da ADSE e não ceder à chan­tagem destes grupos.

Com o pri­meiro-mi­nistro a deixar es­gotar o seu tempo, essa foi a per­gunta que não ob­teve res­posta.




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