LUTAR E ALARGAR O APOIO À CDU

«Dar mais força à CDU é re­forçar a luta em de­fesa do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores»

A si­tu­ação po­lí­tica e so­cial con­tinua a ser mar­cada pela di­nâ­mica elei­toral para o Par­la­mento Eu­ropeu. Con­tinua a as­sistir-se a li­nhas de pro­moção de um quadro de bi­po­la­ri­zação, pro­cu­rando es­conder as grandes afi­ni­dades entre PS, PSD e CDS como se nota, por exemplo, na ten­ta­tiva de uti­lizar po­si­ci­o­na­mentos sobre im­postos eu­ro­peus para es­conder a ampla con­ver­gência destes par­tidos em todas as ques­tões re­le­vantes do pro­cesso de cons­trução ca­pi­ta­lista da União Eu­ro­peia, com todas as graves con­sequên­cias ne­ga­tivas que tal pro­cesso re­pre­sentou e re­pre­senta para Por­tugal.

A co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante con­tinua igual­mente a pro­mover as can­di­da­turas do PS, PSD, CDS e BE ao mesmo tempo que pros­segue a ofen­siva an­ti­co­mu­nista contra o PCP e tudo faz para ocultar a CDU.

O PCP e a CDU con­ti­nuam a bater-se por mais avanços, como está, aliás, a acon­tecer com as longas car­reiras con­tri­bu­tivas, com as al­te­ra­ções ao sis­tema de apo­sen­tação dos tra­ba­lha­dores das pe­dreiras, la­va­rias das minas, com o au­mento do abono de fa­mília, com a en­trada em vigor do alar­ga­mento e re­dução de custos do Passe So­cial In­ter­modal, num quadro em que o PCP con­tinua a in­tervir pela ex­tensão desta me­dida a todo o País e pelo au­mento da oferta pú­blica de trans­portes.

E, ao mesmo tempo que luta por mais avanços, o PCP e a CDU, cons­ci­entes de que o de­sen­vol­vi­mento do País ca­rece de mu­danças mais pro­fundas, batem-se por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva com res­postas es­tru­tu­rais para os pro­blemas do País.

Não basta ca­rac­te­rizar o euro como bónus para a Ale­manha, como fez An­tónio Costa no pas­sado do­mingo, e, ao mesmo tempo, manter as op­ções pro­gra­má­ticas do go­verno mi­no­ri­tário do PS pela sub­missão à União Eu­ro­peia, ao euro e ao ca­pital mo­no­po­lista. É pre­ciso li­bertar Por­tugal dessa sub­missão; é pre­ciso re­ne­go­ciar a dí­vida e repor o apa­relho pro­du­tivo, por exemplo, rein­dus­tri­a­li­zando o País, de­fen­dendo a agri­cul­tura, a flo­resta e as pescas, pro­mo­vendo a pro­dução na­ci­onal, ga­ran­tindo o con­trolo pú­blico dos sec­tores es­tra­té­gicos, va­lo­ri­zando o tra­balho e os tra­ba­lha­dores, in­ves­tindo nos ser­viços pú­blicos e de­fen­dendo as fun­ções so­ciais do Es­tado, pro­mo­vendo jus­tiça fiscal, afir­mando a nossa so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­o­nais, de­fen­dendo o re­gime de­mo­crá­tico e a Cons­ti­tuição.

É tendo pre­sente esta de­ter­mi­nante in­ter­venção e o valor de­ci­sivo da luta de massas para avançar que o PCP va­lo­riza a luta de massas que se de­sen­volve de que foi im­por­tante ex­pressão a ma­ni­fes­tação pro­mo­vida pela FI­E­QUI­METAL na sexta-feira e a

grande ma­ni­fes­tação de pro­fes­sores no sá­bado pela con­tagem do tempo de ser­viço para efeito de pro­gressão na car­reira do­cente. É também o caso da ma­ni­fes­tação da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora con­vo­cada pela CGTP-IN e que hoje se re­a­liza em Lisboa. Vai ser também a con­cen­tração do pró­ximo dia 11 de Abril em frente à As­sem­bleia da Re­pú­blica e vão ser as co­me­mo­ra­ções do 45.º ani­ver­sário do 25 de Abril, bem como a grande jor­nada de luta do 1.º de Maio que con­tinua a ser pre­pa­rada em torno da acção rei­vin­di­ca­tiva a partir das em­presas, lo­cais de tra­balho e sec­tores.

E, ao mesmo tempo que es­ti­mula a luta, o PCP de­sen­volve todo um vasto con­junto de ini­ci­a­tivas como foi o jantar na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira e o al­moço em Elvas in­se­ridos nas co­me­mo­ra­ções do 98.º ani­ver­sário do Par­tido, com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP e de João Fer­reira, 1.º can­di­dato da lista da CDU às elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu.

E é neste am­bi­ente que evi­dencia o seu pres­tígio e in­fluência so­cial que a CDU trava a ba­talha elei­toral para o PE com os seus can­di­datos no ter­reno e mi­lhares de ac­ti­vistas e apoi­antes a dar o seu im­pres­cin­dível con­tri­buto para o re­forço da sua ex­pressão elei­toral. De facto, todos os que querem ver o País avançar e os seus di­reitos de­fen­didos, e não andar para trás, seja pela mão do PS, seja do PSD e CDS, devem dar mais força à CDU.

É também neste quadro que avança a acção de re­forço do PCP com par­ti­cular atenção à cam­panha dos 5 mil con­tactos. Avança também a pre­pa­ração da festa do Avante! e a venda an­te­ci­pada da EP.

Como su­bli­nhou o Se­cre­tário-geral do PCP sá­bado na Ma­deira, «hoje está mais claro a im­por­tância do papel da CDU, mais claro que é ele­gendo mais de­pu­tados pela CDU que é pos­sível, não só as­se­gurar que o que foi con­quis­tado não é re­ti­rado, como abrir pers­pec­tivas para uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, capaz de dar res­posta mais plena aos pro­blemas do País e às as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores».

Por mais que ata­quem o PCP ou pre­tendam si­len­ciar a CDU, não nos in­ti­midam. Sejam quais

forem os obs­tá­culos que nos queiram co­locar este é o com­bate que iremos pros­se­guir. Além do mais, porque sa­bemos que só nos atacam porque es­tamos ine­qui­vo­ca­mente do lado dos tra­ba­lha­dores e do povo a atra­pa­lhar os seus planos de ex­plo­ração, a pôr em causa os seus pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios, a lutar pela al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda.