CDU é o voto decisivo para avançar
A 26 de Maio serão eleitos os 21 deputados portugueses que, nos próximos cinco anos, se sentarão no Parlamento Europeu. Ao contrário do que alguns poderão, erradamente, pensar, Bruxelas e Estrasburgo não são «lá longe»; pelo contrário, é cada vez mais decisiva a influência da UE e das suas instituições, com as suas regras e imposições, na vida quotidiana dos trabalhadores e do povo português.
Entre os partidos da política de direita, há quem se degladie por saber quem, em Portugal, é o mais tenaz defensor da União Europeia. O PS honra-se inclusivamente de ser o «mais europeísta» dos partidos portugueses. Dos que afirmam situar-se à esquerda, há quem se bata por «mais UE» e os que não conseguem assumir uma posição corajosa e coerente, variando entre a crítica às consequências, sem tocar nas causas profundas, e o apoio mais ou menos entusiástico ao processo de integração capitalista (que nunca caracterizam desta forma).
E depois há a CDU, que se destaca por ser a força – que reúne o PCP, o PEV, para além da ID e de muitos democratas e patriotas sem filiação partidária – que defende intransigentemente os interesses do povo e do País. Como até aqui, serão os deputados eleitos pela coligação que se baterão contra as imposições do euro e da UE, contra os retrocessos nos direitos e condições de vida, em defesa da soberania nacional. Que nunca deixarão de reclamar a favor de Portugal todos os meios e possibilidades.
Serão os deputados comunistas e ecologistas a levar ao Parlamento Europeu as lutas dos trabalhadores e do povo pelos seus direitos e condições de vida, a fazer da justiça social o seu combate, a defender intransigentemente os direitos laborais e sociais, os serviços públicos e funções sociais do Estado. Serão eles e não outros que defenderão a produção nacional e o direito ao desenvolvimento soberano do País, que estarão na primeira linha da defesa da democracia e da afirmação dos valores de Abril.
No Parlamento Europeu serão os deputados eleitos pela CDU a voz alternativa por uma Europa de paz e cooperação, pela defesa da democracia, contra o militarismo, a guerra, as concepções reaccionárias e fascizantes. Que assim é, provam-no a acção prática dos últimos anos e o conteúdo da Declaração Programática do PCP e dos 10 Compromissos do PEV para as eleições ao Parlamento Europeu (disponíveis em www.cdu.pt), que, como é apanágio destas forças políticas, é para cumprir.
As eleições de 26 de Maio têm um alcance muito maior do que tão importante eleição de deputados para o Parlamento Europeu. Constituem, também, um momento decisivo para afirmar a alternativa patriótica e de esquerda e reunir mais amplos apoios para a sua construção. A 26 de Maio, com o seu voto, o povo português tem uma de duas opções: avançar decisivamente na resposta aos problemas nacionais, com o reforço da CDU; ou andar para trás, seja com PSD e CDS, seja com o PS.
Mais CDU nas eleições para o Parlamento Europeu significará mais força para, em Portugal, desenvolver a luta pelos direitos e condições de vida, pelo desenvolvimento soberano do País. Da mesma forma que é das transformações progressistas que for possível operar em cada um dos países que nascerá essa Europa dos trabalhadores e dos povos por que lutam os comunistas e demais forças de esquerda.