Em Grândola e Alcácer do Sal apoio popular dá força e confiança à CDU

ES­CLA­RECER «A força que os tra­ba­lha­dores e o povo nos derem agora é a força que vai ser usada nas lutas que ha­ve­remos de travar juntos», afirmou na noite de sexta-feira, 3, João Fer­reira, em Grân­dola.

As de­ci­sões as­su­midas no Par­la­mento Eu­ropeu mexem com a vida do País

No Cine-te­atro Gran­do­lense, pe­rante uma pla­teia que en­chia o res­pec­tivo au­di­tório, o pri­meiro nome da lista CDU às elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu re­sumia assim aquele que foi o sen­tido geral do apelo que ao longo desse dia não se cansou de di­rigir a quantos com ele se cru­zaram nas ac­ções de cam­panha em que par­ti­cipou. «Pre­ci­samos de mais gente para de­fender o povo e o País, para ver se isto anda para a frente», «Não po­demos faltar dia 26, pre­ci­samos de mais força», foram frases que se ou­viram, num rei­te­rado de­safio à mo­bi­li­zação, ao longo desta jor­nada de con­tacto e es­cla­re­ci­mento com a po­pu­lação que teve o seu início em Al­cácer do Sal.

Pelas três da tarde, em dia de céu azul e sob sol forte, com par­tida do Centro de Tra­balho do PCP da­quela ci­dade que teve pre­sença fe­nícia (1000 a.C.) e que, como mu­ni­cípio, ce­le­brou em 2018 os seus 800 anos, um grupo de ac­ti­vistas e apoi­antes da CDU, ban­deiras des­fral­dadas e fo­lheto na mão, ini­ciou um per­curso que só ter­mi­naria duas horas de­pois, em pleno largo onde se acolhe a Câ­mara Mu­ni­cipal e o Museu Mu­ni­cipal Pedro Nunes, cé­lebre ma­te­má­tico e filho ilustre de Al­cácer do Sal.

Cons­ti­tuída por eleitos au­tár­quicos, res­pon­sá­veis lo­cais e re­gi­o­nais do PCP e do PEV, o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal Vítor Pro­ença, bem como Su­sana Silva, da Co­missão Exe­cu­tiva do PEV, e Ma­nuel Va­lente, do Co­mité Cen­tral do PCP e res­pon­sável pela or­ga­ni­zação do Li­toral Alen­te­jano, a co­mi­tiva des­do­brou-se em abor­da­gens su­ces­sivas num iti­ne­rário que, co­me­çando pelo te­cido ur­bano mais re­cente, passou pela mar­ginal que bor­deja o Sado e acabou nas ru­elas es­treitas do casco his­tó­rico.

Prestar contas

«Sabe quem somos? Este é o nosso fo­lheto com os nossos can­di­datos e as nossas pro­postas para as elei­ções», foi outra frase enun­ciada tantas vezes quantas – e foram muitas – João Fer­reira en­trou em es­ta­be­le­ci­mentos co­mer­ciais, sempre acom­pa­nhado por Tiago Al­deias, também can­di­dato da CDU pelo PEV.

«A gente gosta de prestar contas», «an­damos a pedir apoio e dar a co­nhecer o tra­balho feito pelos de­pu­tados co­mu­nistas», es­cla­receu ainda vezes sem conta João Fer­reira, que fez questão de lem­brar – sendo este uma acção de con­tacto so­bre­tudo di­ri­gida aos co­mer­ci­antes – que este mês, também graças à CDU, pela pri­meira vez as MPME já não ti­veram de su­portar o pa­ga­mento es­pe­cial por conta (PEC), tal como a res­tau­ração vira no início desta le­gis­la­tura o IVA baixar de 23 para 13 por cento.

«De­sejo-lhe muita sorte», afirmou outro lo­gista, de­pois de uma breve troca de pa­la­vras. «A sorte é bem vinda, mas pre­ci­samos de votos!», res­pondeu o can­di­dato.

«As coisas estão a correr bem?», per­guntou João Fer­reira a outro co­mer­ci­ante. «Dentro do pos­sível...», foi a ex­pressão que ouviu como res­posta, re­ve­la­dora de que talvez nem tudo vá bem para quem não dispõe das mesmas armas e está su­jeito à con­cor­rência feroz das grandes su­per­fí­cies.

In­va­ri­a­vel­mente, como su­ce­dera até aí e como foi até ao final, foi essa ati­tude de bom aco­lhi­mento e re­cep­ti­vi­dade que do­minou esta ini­ci­a­tiva, onde nunca fal­taram pa­la­vras de re­co­nhe­ci­mento pelo tra­balho re­a­li­zado pelos eleitos da CDU.

Sim­patia e apoio

O mesmo am­bi­ente vi­emos en­con­trar pouco de­pois já em Grân­dola, em igual con­tacto com as pes­soas, nas ruas do seu centro his­tó­rico, se­guindo um ro­teiro que co­meçou no largo Ca­ta­rina Eu­fémia e ter­minou junto ao Cine-te­atro Gran­do­lense. Também aqui os dois can­di­datos da CDU foram re­ce­bidos com ma­ni­fes­ta­ções de sim­patia e ca­rinho, sempre acom­pa­nhados por uma nu­me­rosa co­mi­tiva de apoi­antes e ac­ti­vistas em que se in­te­graram eleitos au­tár­quicos, res­pon­sá­veis lo­cais e con­ce­lhios do PCP, e ainda o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal, An­tónio Fi­gueira Mendes.

Na sessão pú­blica com que ter­minou este dia de cam­panha, di­ri­gida por Mi­guel Gon­çalves, além das in­ter­ven­ções de João Fer­reira (ver caixa) e Tiago Al­deias, há a des­tacar a par­ti­ci­pação dos pre­sentes que en­cheram a sala e trou­xeram ao de­bate as suas opi­niões e re­fle­xões, ques­ti­o­nando ainda os can­di­datos sobre di­versas ma­té­rias.

Foram abor­dadas ques­tões como a pri­va­ti­zação e con­cessão de ser­viços pú­blicos, a luta das co­mis­sões de utentes da re­gião por me­lhor saúde e pela qua­li­fi­cação de vias ro­do­viá­rias (o IC1, por exemplo), a falta de trans­portes e o di­reito à mo­bi­li­dade ou a opção mi­li­ta­rista da União Eu­ro­peia.

Na sua in­ter­venção, o can­di­dato eco­lo­gista expôs os 10 com­pro­missos as­su­midos pelo PEV para estas elei­ções, o que está em jogo a 26 de Maio e a im­por­tância e ne­ces­si­dade de re­forçar a CDU, con­cluindo que só os seus de­pu­tados «têm uma po­sição clara de exi­gência re­la­ti­va­mente à de­fesa dos di­reitos am­bi­en­tais, à de­fesa da paz, contra a in­tro­missão nou­tros Es­tados e de re­jeição da gue

Pre­sença quo­ti­diana e não só nas elei­ções

João Fer­reira, que após a in­ter­venção ini­cial no Cine-te­atro Gran­do­lense res­pondeu numa se­gunda ronda às ques­tões sus­ci­tadas pelos pre­sentes, abordou o papel de­ci­sivo da luta dos tra­ba­lha­dores, do povo e das forças que in­te­gram a CDU para a der­rota de PSD e CDS, que se pre­pa­ravam para con­ti­nuar o que «ti­nham por ina­ca­bado» – pri­va­ti­zação de em­presas, cortes nas pen­sões e mudar a Cons­ti­tuição, por exemplo. Assim, lem­brou que o PS, numa ati­tude de re­sig­nação, «ati­rara a to­alha ao chão» e que apenas o PCP afirmou que PSD e CDS «não ga­nharam, per­deram».

Sem deixar de va­lo­rizar todos os avanços con­quis­tados, muitos dos quais não es­tavam no pro­grama do PS e que só foram pos­sí­veis porque este não tinha a mai­oria, as­si­nalou porém que «fi­caram muitas res­postas por dar» e que se houve al­guma co­li­gação foi a que juntou PS, PSD e CDS para dar di­nheiro à banca, im­pedir as 35 horas para todos os tra­ba­lha­dores, travar me­didas po­si­tivas para o povo e o País.

De­pois de passar em re­vista as prin­ci­pais con­sequên­cias que ad­vi­eram para o País com a adesão à CEE e, pos­te­ri­or­mente, ao euro – des­truição de apa­relho pro­du­tivo, au­mento do de­sem­prego, emi­gração, cres­ci­mento ané­mico, sa­lá­rios em di­ver­gência dos eu­ro­peus, entre tantas ou­tras –, João Fer­reira de­mons­trou com exem­plos con­cretos como as elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu «mexem mais com a nossa vida do que pa­rece» e como as «de­ci­sões da UE que têm efeitos ne­ga­tivos no País» são todas su­fra­gadas por PS, PSD e CDS, que «não se dis­tin­guem».

Por fim, su­bli­nhando que «não an­damos cá só nas elei­ções mas sim todos os dias», com os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções, em de­fesa dos seus di­reitos, apelou à mo­bi­li­zação de todos para o es­cla­re­ci­mento e para o voto na CDU, re­al­çando que o ba­lanço do pa­tri­mónio de tra­balho dos seus de­pu­tados con­fere boas «ra­zões para levar ao co­nhe­ci­mento das pes­soas» e é um factor adi­ci­onal de con­fi­ança para a ba­talha em que todos es­tamos em­pe­nhados.



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