Renegociar a dívida pública para não ficar na cepa torta

SO­BE­RANIA Manter a ac­tual tra­jec­tória «sig­ni­fi­caria a con­ti­nu­ação, pelas pró­ximas duas ou três dé­cadas, de todo o quadro de li­mi­ta­ções» que agravou a dí­vida e im­pede o in­ves­ti­mento e o cres­ci­mento.

O pe­rigo da ex­trema-di­reita com­bate-se com uma po­lí­tica de pro­gresso

No co­mício de do­mingo à tarde, em Alhandra (Vila Franca de Xira), João Fer­reira con­si­derou que «aceitar que a dí­vida é sus­ten­tável e que se per­sista neste ca­minho é aceitar que a vida dos tra­ba­lha­dores e do povo se mantém em ní­veis in­sus­ten­tá­veis, é aceitar que não saímos da cepa torta». E avisou: «Não contem com a CDU para isso».

Pe­rante cen­tenas de pes­soas que en­cheram o salão da Eu­terpe e num am­bi­ente de ale­gria e en­tu­si­asmo, o pri­meiro can­di­dato na lista da CDU para a eleição do Par­la­mento Eu­ropeu de­fendeu que «Por­tugal pre­cisa de en­carar a re­ne­go­ci­ação da sua dí­vida pú­blica, nos seus prazos, juros e mon­tantes, como uma ne­ces­si­dade e como uma pos­si­bi­li­dade». Isto «pode e deve» ser feito em ar­ti­cu­lação «com a li­ber­tação da sub­missão ao euro e a re­cu­pe­ração do con­trolo pú­blico sobre a Banca» e «im­plica as­sumir si­mul­ta­ne­a­mente a pos­si­bi­li­dade de re­cu­perar a so­be­rania mo­ne­tária».

A dí­vida con­ti­nuar, ou não, «a ser pau­la­ti­na­mente re­du­zida» de­pende de con­di­ci­o­na­lismos «im­pon­de­rá­veis», «in­com­pa­tí­veis com os maus pres­sá­gios que vêm de todo o lado» e «todos eles fora da nossa ca­pa­ci­dade so­be­rana de de­cisão».

Assim sendo, manter a ac­tual tra­jec­tória «sig­ni­fi­caria a con­ti­nu­ação, pelas pró­ximas duas ou três dé­cadas, de todo o quadro de li­mi­ta­ções que se co­locam ao povo por­tu­guês».

João Fer­reira acusou o Go­verno do PS de estar a fazer isto mesmo, quando uti­liza o ex­ce­dente or­ça­mental para sa­tis­fazer os in­te­resses dos cre­dores e não para au­mentar o in­ves­ti­mento e o cres­ci­mento eco­nó­mico.

O «con­senso di­rei­tista»

Je­ró­nimo de Sousa, cuja in­ter­venção en­cerrou o co­mício, re­a­firmou que a CDU «com­bateu e com­bate o rumo de de­sastre im­posto ao País pelos par­tidos do con­senso di­rei­tista da União Eu­ro­peia».

Os de­pu­tados da CDU apre­sen­taram-se «com ini­ci­a­tiva pró­pria e os olhos postos nos pro­blemas do País», en­quanto PS, PSD e CDS es­ti­veram «a se­cundar, dar aval ou le­gi­timar as ori­en­ta­ções fa­bri­cadas pela bu­ro­cracia de Bru­xelas, às or­dens do di­rec­tório das grandes po­tên­cias e con­trá­rias aos nossos in­te­resses».

Esses as­sumem-se hoje «como os sal­va­dores da Eu­ropa da ameaça da ex­trema-di­reita xe­nó­foba», mas «al­guns até são “tu cá, tu lá” com aqueles que dizem querer com­bater». O Se­cre­tário-geral do PCP deu os os exem­plos do PSD, «com os seus amigos no poder na Hun­gria ou na Po­lónia», e dos «amigos do CDS de Cristas, tão elo­gi­ados por Melo, os pro­to­fas­cistas do par­tido Vox, de Es­panha». En­tre­tanto, «ou­tros vão fe­chando os olhos», man­tendo po­si­ções de «co­ni­vência com a po­lí­tica que ali­mentou e ali­menta esses re­gimes au­to­ri­tá­rios».

Je­ró­nimo de Sousa frisou que «os pe­rigos com­batem-se», no­me­a­da­mente: «com­ba­tendo a ex­plo­ração dos tra­ba­lha­dores e dos povos e as de­si­gual­dades», com «uma po­lí­tica ver­da­dei­ra­mente al­ter­na­tiva à po­lí­tica de di­reita, uma po­lí­tica ao ser­viço do pro­gresso so­cial e do de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico, como a que o PCP e a CDU de­fendem».

Cara a cara

Ma­riana Silva, can­di­data e di­ri­gente do PEV, pri­meira ora­dora na Eu­terpe Alhan­drense, ob­servou que, «quando tantos falam em com­bater a abs­tenção, a CDU es­colhe con­versar cara a cara com cada homem, cada mu­lher, cada jovem, ga­nhando-os para o voto», com «o es­cla­re­ci­mento e o tra­balho dos úl­timos anos dos eleitos» no Par­la­mento Eu­ropeu.



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