No dia 17 de Junho, o exe­cu­tivo do PS na Câ­mara Mu­ni­cipal da Na­zaré (CMN) de­cidiu ter­minar o pro­ce­di­mento con­cursal que es­tava em curso, ob­jec­ti­vando a ins­ta­lação da re­fe­rida es­tru­tura. Esta de­cisão con­traria a po­sição sempre as­su­mida pelo pre­si­dente da au­tar­quia, Walter Chi­charro. «Fe­liz­mente, num rasgo de ra­ci­o­na­li­dade, o exe­cu­tivo tomou a de­cisão de andar para trás com esse dis­pa­rate sem ta­manho que pro­moveu e que es­teve na imi­nência de acon­tecer», re­fere a CDU, em co­mu­ni­cado.

«Está, por­tanto, pro­vado que quem luta sempre al­cança! E esta foi uma luta enorme! Uma luta as­su­mida por quem re­al­mente quer ver a Na­zaré pre­ser­vada, por quem quer ver in­tacto o pa­tri­mónio na­tural que é de todos e por quem não per­mite, nem per­mi­tirá, que a pre­texto de me­ga­lo­ma­nias sem sen­tido, se queira des­ca­rac­te­rizar uma pai­sagem que não per­tence, como é óbvio, a quem go­verna a Na­zaré», mas ao «mundo», como se «provou nos mi­lhares de as­si­na­turas cons­tantes na pe­tição di­gital e em papel pro­ve­ni­entes das mais di­versas la­ti­tudes», des­taca a CDU.

O PCP e o PEV es­ti­veram en­vol­vidos neste pro­cesso na As­sem­bleia Mu­ni­cipal da Na­zaré, na As­sem­bleia da Re­pú­blica e no Par­la­mento Eu­ropeu.

Com­bater os aten­tados
No do­cu­mento di­vul­gado no pas­sado dia 17, a CDU en­de­reça uma «forte sau­dação» a todos quantos lu­taram por esta causa, prin­ci­pal­mente o Mo­vi­mento Cí­vico Pela De­fesa do Pro­mon­tório da Na­zaré.

Porque os «aten­tados não se ficam por aqui», a Co­li­gação PCP-PEV alerta para si­tu­ação do areal da praia da Na­zaré ou para o «es­tado de aban­dono» da parte «pri­va­ti­zada» da Pe­dralva, «uma opção clara e as­su­mida pelo PS que go­verna a CMN».

Con­ti­nuar vi­gi­lantes

Também o Mo­vi­mento Cí­vico Pela De­fesa do Pro­mon­tório da Na­zaré ma­ni­festou sa­tis­fação com o recuo da ins­ta­lação da zi­pline, um «ele­mento es­tranho à be­leza na­tural e em­ble­má­tica do nosso pro­mon­tório».

«A nossa ale­gria é tão grande, quanto grande é também o valor re­co­nhe­cido à nossa terra e às suas gentes», que também se uniram e lu­taram em de­fesa da «gestão pú­blica das águas da Na­zaré», re­corda o mo­vi­mento.