Após massacres no Texas e no Ohio, Trump acusado de «supremacista branco»

O an­tigo vice-pre­si­dente dos EUA, Joe Biden, que segue à frente nas son­da­gens como can­di­dato pre­si­den­cial de­mo­crata às elei­ções de 2020, pro­meteu im­pul­si­onar, se for eleito, um pro­grama fe­deral para com­prar as armas de as­salto de es­tilo mi­litar ac­tu­al­mente nas mãos de civis.

Numa en­tre­vista à CNN, o can­di­dato à Casa Branca rei­terou o seu apoio à proi­bição da venda livre de tal tipo de armas, isto num mo­mento em que os Es­tados Unidos estão de luto após dois ti­ro­teios que dei­xaram 31 mortos e 51 fe­ridos, no fim-de-se­mana, no Texas e no Ohio.

Biden cri­ticou o ac­tual pre­si­dente, o re­pu­bli­cano Do­nald Trump, a quem acusou de usar a lin­guagem dos na­ci­o­na­listas brancos, um dos quais é sus­peito de ser o autor do ti­ro­teio na ci­dade te­xana de El Paso e de ter pu­bli­cado antes, num sítio web, um ma­ni­festo xe­nó­fobo, contra os imi­grantes me­xi­canos.

O can­di­dato de­mo­crata con­si­derou que os ata­ques ver­bais de Trump contra os imi­grantes e as mi­no­rias têm en­co­ra­jado actos deste tipo. Em todo o caso, Biden não foi tão longe nas crí­ticas como ou­tros can­di­datos de­mo­cratas, entre eles o ex-con­gres­sista Beto O’­Rourke e o se­nador Coory Bo­oker, que ape­li­daram Trump de «su­pre­ma­cista branco».

En­tre­tanto, o pre­si­dente propôs uma série de ac­ções, após os ti­ro­teios de El Paso e Dayton, mas ne­nhuma das me­didas in­clui um maior con­trolo de armas de fogo. Numa in­ter­venção te­le­vi­siva, apoiada por te­le­ponto, Trump con­denou os crimes, a vi­o­lência e o ra­cismo, apre­sentou con­do­lên­cias às ví­timas, às co­mu­ni­dades e ao Mé­xico. E falou de temas como as redes so­ciais, os vi­de­o­jogos ou as do­enças men­tais, sem fazer alusão a me­didas de con­trolo de armas exi­gidas por di­fe­rentes sec­tores.

Na se­gunda-feira, 5, na ci­dade do Mé­xico, cen­tenas de pes­soas con­cen­traram-se em frente à em­bai­xada dos EUA para con­denar «a agressão ter­ro­rista de um su­pre­ma­cista branco» em El Paso. Os ma­ni­fes­tantes de­nun­ci­aram que o mas­sacre num su­per­mer­cado da rede Wal­mart foi «um crime de ódio e xe­no­fobia de um fa­ná­tico ins­pi­rado pelo dis­curso dis­cri­mi­nador de Do­nald Trump».



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