CDU avança com força no distrito do Porto

PRO­POSTA Je­ró­nimo de Sousa rumou, do­mingo, ao dis­trito do Porto para par­ti­cipar em três ini­ci­a­tivas: a apre­sen­tação, na Co­o­pe­ra­tiva Árvore, de 30 me­didas ur­gentes para o País, um grande al­moço em Gon­domar e uma vi­sita à Agro­se­mana – Feira Agrí­cola do Norte, na Póvoa de Varzim.

«O voto na CDU é a só­lida ga­rantia de que ne­nhum voto é des­per­di­çado nem traído»

Na pri­meira acção do dia, o Se­cre­tário-geral do PCP apre­sentou um con­junto de me­didas ur­gentes e muito con­cretas, que, re­alçou, per­mi­tirão «avançar na re­so­lução de ina­diá­veis e im­por­tantes pro­blemas e que há muito exi­giam ser con­si­de­radas». Estas me­didas (que pu­bli­camos na ín­tegra nas pá­ginas se­guintes) foram apre­sen­tadas nas ins­ta­la­ções da Co­o­pe­ra­tiva Árvore, perto do Jardim da Cor­do­aria, com a pre­sença de largas de­zenas de pes­soas. Para além de in­cluírem so­lu­ções novas, muitas dessas me­didas foram «já apre­sen­tadas pelo PCP» e «re­cu­sadas pelo Go­verno, em con­ver­gência com o PSD e CDS», la­mentou o Se­cre­tário-geral.

Em se­guida, na Es­cola Se­cun­dária de São Pedro da Cova, em Gon­domar, re­a­lizou-se um grande al­moço em que par­ti­ci­param cerca de 500 ac­ti­vistas e apoi­antes da CDU. No final, in­ter­vi­eram Diana Fer­reira, pri­meira can­di­data da co­li­gação PCP-PEV pelo cír­culo elei­toral do Porto, e Je­ró­nimo de Sousa.

Uma in­ter­venção
longa e qua­li­fi­cada

Diana Fer­reira fez um opor­tuno exer­cício de me­mória: «Podem ter a cer­teza que não dei­xa­remos cair no es­que­ci­mento o que PSD e CDS fi­zeram nos úl­timos quatro anos em que foram go­verno», avisou, enu­me­rando al­gumas das con­sequên­cias, como o roubo nos sa­lá­rios, pen­sões e pres­ta­ções so­ciais, o brutal au­mento de im­postos, a lei dos des­pejos, o en­cer­ra­mento de ser­viços pú­blicos e a ex­tinção de fre­gue­sias.

A can­di­data e ac­tual de­pu­tada re­feriu-seainda a al­guns pro­cessos de luta em de­fesa do am­bi­ente que a CDU tem de­sen­vol­vido ao longo dos anos no dis­trito, ad­ver­tindo que «há quem ande pen­du­rado em ondas me­diá­ticas de pro­ta­go­nismos vãos e que apareça como percursor de me­didas que a CDU de­fende e propõe há anos». Exemplo disto foi a luta tra­vada du­rante anos em São Pedro da Cova pela aná­lise da to­xi­ci­dade dos re­sí­duos lá de­po­si­tados e pela sua re­moção. «Nunca dei­xámos de lutar para que fossem re­mo­vidos os re­sí­duos e não de­sis­ti­remos até que todos os re­sí­duos sejam in­te­gral­mente re­mo­vidos e que toda a zona seja re­qua­li­fi­cada, ga­ran­tindo a de­vida com­pen­sação à po­pu­lação», afirmou Diana Fer­reira.

Vale a pena lutar

Je­ró­nimo de Sousa, por sua vez, sa­li­entou que todas as lutas, por mais longas e di­fí­ceis que pa­reçam, valem sempre a pena ser tra­vadas. Foi o caso do passe único, pro­posto pela CDU há 20 anos: «os passes so­ciais in­ter­mo­dais eram uma coisa que pa­recia im­pos­sível de al­cançar. Per­sis­timos, de­mons­trámos e fun­da­men­támos que era pos­sível re­a­lizar esses avanços em re­lação ao au­mento da ca­pa­ci­dade de mo­bi­li­dade das po­pu­la­ções», va­lo­rizou o Se­cre­tário-geral.

O di­ri­gente co­mu­nista di­rigiu ainda duras crí­ticas ao PS, que, ga­rante,«não mudou».Na ver­dade, e «em re­lação a ma­té­rias de fundo como os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, o PS não se li­berta da sua po­lí­tica de di­reita, ao fazer aprovar al­te­ra­ções pro­fun­da­mente gra­vosas para os tra­ba­lha­dores e par­ti­cu­lar­mente para fu­turas ge­ra­ções de tra­ba­lha­dores».

«Nós não temos uma co­mu­ni­cação so­cial a nosso favor, nós não temos a co­ber­tura que eles têm, sa­bemos disso. Mas temos uma maior ri­queza que sois vós, ca­pazes de en­con­trar forças onde muitas vezes pa­rece que não existem», ter­minouJe­ró­nimo de Sousa, di­ri­gindo-se à imensa e en­tu­si­as­mada pla­teia que o es­cu­tava.

Por­tugal pre­cisa de mais
e me­lhor pro­dução

Du­rante a tarde, uma co­mi­tiva com­posta por Je­ró­nimo de Sousa, can­di­datos da CDU às pró­ximas elei­ções pelo cír­culo elei­toral do Porto e di­ri­gentes re­gi­o­nais do Par­tido vi­si­taram a Agro­se­mana – Feira Agrí­cola do Norte, na Póvoa de Varzim. Com a sua pre­sença, o PCP pre­tendeu va­lo­rizar a pro­dução na­ci­onal, eixo cen­tral da po­lí­tica al­ter­na­tiva e, claro, do seu Pro­grama Elei­toral às le­gis­la­tivas de Ou­tubro.

Em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas pre­sentes, o Se­cre­tário-geral afirmou que «a ne­ces­si­dade do au­mento da pro­dução na­ci­onal é uma questão cen­tral que se co­loca nos dias de hoje» e que «um País que não produz não é um País com fu­turo». Je­ró­nimo de Sousa re­lem­brou que Por­tugal é um País com pos­si­bi­li­dades e con­di­ções e que não há des­culpas para a par­ti­cular falta de in­ves­ti­mento no sector agrí­cola e pro­dutor ve­ri­fi­cada nos úl­timos. O di­ri­gente co­mu­nista re­cordou, a ter­minar, a con­tri­buição po­si­tiva do PCP nas úl­timas le­gis­la­turas, com di­versas pro­postas de apoio ao sector.




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