A es­cri­tora norte-ame­ri­cana Chloe Anthony Wof­ford, mais co­nhe­cida como Toni Mor­rison, ficou para a His­tória como a pri­meira mu­lher negra a re­ceber o Prémio Nobel da Li­te­ra­tura. Na­tural de Lo­rain, Ohio, Toni Mor­rison nasceu numa fa­mília pobre e teve uma in­fância mar­cada pelas di­fi­cul­dades eco­nó­micas que atin­giram a mai­oria da po­pu­lação, em par­ti­cular a co­mu­ni­dade negra, na sequência da grande de­pressão (1929). For­mada em Le­tras, al­ternou a do­cência na Uni­ver­si­dade de Prin­ceton com a ac­ti­vi­dade li­te­rária, tendo tra­ba­lhado também como edi­tora na Random House até lançar o seu pri­meiro livro, O Olho mais Azul, em 1970. Au­tora, entre muitas ou­tras obras, de A dá­diva, A nossa casa é onde está o co­ração e Deus ajude essa cri­ança, os seus ro­mances dis­tin­guem-se por abordar a pro­ble­má­tica da po­pu­lação negra nos EUA, em par­ti­cular a si­tu­ação das mu­lheres, com raízes na es­cra­va­tura, e a sua in­con­tor­nável pre­sença na vida con­tem­po­rânea do país. Ga­lar­doada com di­versos pré­mios li­te­rá­rios, como o Na­ti­onal Book Cri­tics Circle (com Song of So­lomon, 1975) e o Pu­litzer (1987) com Amada,foi agra­ciada pelo pre­si­dente Ba­rack Obama com a Me­dalha Pre­si­den­cial da Li­ber­dade, a maior con­de­co­ração civil dos EUA. Morreu a 5 de Agosto, em Nova Iorque, com 88 anos.