Debater a «Revolução de Abril e o fim do colonialismo português»

PAZ Um ano depois do Encontro pela Paz, que juntou mais de 700 pessoas em Loures, realizou-se, no dia 23 de Outubro, em Lisboa, a sessão pública «Revolução de Abril e o fim do colonialismo português».

Lutas que contribuíram para a derrota do regime fascista

Moderada por Ilda Figueiredo, presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), na iniciativa interveio o Coronel Baptista Alves, Capitão de Abril e presidente da Mesa da Assembleia da Paz do CPPC, bem como Francisco Canelas, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), Ana Souto, do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), Augusto Flor, presidente da Direcção da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), Jorge Cadima, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e João Barreiros, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN).

Foram ainda oradores representantes da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

Ali, foram abordadas as lutas dos povos em Portugal e nas ex-colónias antes do 25 de Abril de 1974 e como estas contribuíram decisivamente para a derrota do regime fascista português com a Revolução de Abril que, por sua vez, precipitou a conquista da liberdade e da democracia, tanto em Portugal como nos países colonizados, levando à independência destes.

Para além de terem sido dados exemplos concretos da violência do colonialismo e de como ele condenou ao atraso os povos que submeteu, cujas consequências se sentem ainda hoje, em muitas situações, na sessão valorizou-se igualmente a enorme onda de solidariedade à luta dos povos das antigas colónias portuguesas pela sua emancipação, que não conheceu fronteiras.

Nas intervenções foram dados exemplos do colonialismo que continua a existir no mundo, como na Palestina e no Saara Ocidental, tendo-se manifestado toda a solidariedade aos povos vítimas dessa situação e reafirmado os valores de Abril que a Constituição da República Portuguesa consagra.

A iniciativa – que decorreu na Casa do Alentejo – foi organizada pelo CPPC, Câmara Municipal de Loures, CGTP-IN, CPCCRD, Federação Nacional de Professores, Juventude Operária Católica, Liga Operária Católica, MDM, Movimento Municípios pela Paz, MPPM, Pastoral Operária e URAP.

 



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