Conferência em Berlim sobre situação na Líbia

CON­FLITO Re­pre­sen­tantes de di­versos países e or­ga­ni­za­ções reúnem-se no do­mingo, 19, em Berlim, numa con­fe­rência que de­verá contar com a pre­sença dos chefes das duas prin­ci­pais fac­ções lí­bias em guerra.

Países e or­ga­ni­za­ções tentam acordo entre fac­ções ri­vais lí­bias

Uma con­fe­rência in­ter­na­ci­onal vi­sando en­con­trar so­lu­ções para o con­flito ar­mado na Líbia terá lugar em Berlim, no pró­ximo do­mingo, 19, con­firmou a chan­celer fe­deral alemã, An­gela Merkel. A reu­nião será a nível de chefes de Es­tado e de go­verno e é or­ga­ni­zada em co­or­de­nação com as Na­ções Unidas.

A Ale­manha con­vidou o pri­meiro-mi­nistro do Go­verno de Uni­dade Na­ci­onal líbio, Fayez al-Sarraj, re­co­nhe­cido pela ONU, e o co­man­dante do Exér­cito Na­ci­onal Líbio, ma­re­chal Ka­lifa Haftar, chefe do braço ar­mado do go­verno pa­ra­lelo ins­ta­lado no Leste do país norte-afri­cano.

Par­ti­cipam também no fórum re­pre­sen­tantes da União Eu­ro­peia, União Afri­cana, Liga Árabe, Es­tados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Tur­quia, Itália, Egipto, Ar­gélia e Emi­ratos Árabes Unidos.

Na se­gunda-feira, 13, Mos­covo aco­lheu con­sultas para um cessar-fogo na Líbia pro­mo­vidas pela Rússia e Tur­quia, em que par­ti­ci­param al-Sarraj e Haftar. O mi­nistro russo dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros, Sergei La­vrov, anun­ciou que al-Sarraj as­sinou o do­cu­mento final das ne­go­ci­a­ções, en­quanto Haftar pediu mais tempo para es­tudá-lo.

Poucas horas de­pois do fim da reu­nião de Mos­covo, os com­bates re­co­me­çaram nos ar­re­dores de Trí­poli, vi­o­lando o frágil cessar-fogo em vigor al­can­çado pela Rússia e Tur­quia.

Na Líbia há uma du­a­li­dade de po­deres: de um lado o go­verno se­diado em Trí­poli, e, do outro, o exe­cu­tivo que con­trola a parte ori­ental do país, em con­junto com o par­la­mento ra­di­cado em To­bruk.

Em Abril do ano pas­sado, o país en­trou numa nova es­piral de vi­o­lência quando o exér­cito de Haftar lançou uma ofen­siva para tomar Trí­poli. As forças leais a al-Sarraj têm re­sis­tido mas, desde o início dos com­bates na ca­pital, já mor­reram mais de 1500 pes­soas, fi­caram fe­ridas cerca de cinco mil e 100 mil foram obri­gadas a des­locar-se para longe das suas áreas de re­si­dência.

Desde a agressão mi­litar dos EUA/​NATO contra a Líbia, em 2011, o país – rico em pe­tróleo e então um dos mais de­sen­vol­vidos da África – afundou-se na guerra e na crise que de­sar­ti­culou o Es­tado.




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