Reivindicação ganha argumentos nos «Encontros» da EDP

ACÇÃO À en­trada para o mega-evento anual da EDP, di­ri­gentes e ac­ti­vistas da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN e dos seus sin­di­catos acu­saram a ad­mi­nis­tração de pro­duzir um dis­curso que não condiz com a prá­tica.

Com lu­cros mi­li­o­ná­rios, a EDP não va­lo­riza o tra­balho que cria a ri­queza

Ontem, de manhã, para marcar a po­sição sin­dical, junto dos tra­ba­lha­dores que a em­presa fez des­locar de todo o País, foi dis­tri­buído um fo­lheto junto da Al­tice Arena, onde se ini­ciou a edição de 2020 dos «En­con­tros EDP».

Com o tí­tulo «Es­tamos de­sen­con­trados!», no do­cu­mento re­corda-se que a EDP teve, só nos úl­timos três anos, mais de 3500 mi­lhões de euros de lu­cros, «que en­gor­daram as contas dos ac­ci­o­nistas e nada ge­raram de po­si­tivo para a eco­nomia na­ci­onal e para o País».

O de­sen­contro, como se re­fere no fo­lheto, «está no bolso dos tra­ba­lha­dores e na forma como fazem de “co­la­bo­rador” um si­nó­nimo de “tra­balha em prol dos re­sul­tados es­tri­ta­mente para ac­ci­o­nistas e re­mu­ne­ra­ções ina­cei­tá­veis dos ges­tores”». Para tal «de­sen­contro entre aquilo que nos dizem e aquilo que sa­bemos e sen­timos», a res­posta dos tra­ba­lha­dores é «dar mais força à rei­vin­di­cação», no­me­a­da­mente: au­mento de sa­lário de 90 euros para todos; fim das dis­cri­mi­na­ções entre tra­ba­lha­dores «Flex» e «não Flex»; va­lo­ri­zação das car­reiras pro­fis­si­o­nais; re­en­qua­dra­mento dos tra­ba­lha­dores que de­sem­pe­nham fun­ções de nível su­pe­rior; fim da pre­ca­ri­e­dade la­boral através do re­curso a «pres­ta­dores de ser­viços».

Ao anun­ciar esta acção – que se deve re­petir hoje, se­gundo e úl­timo dia dos «En­con­tros» –, a fe­de­ração notou que «desta forma, será pos­sível de­mover a ad­mi­nis­tração da sua po­sição mi­se­ra­bi­lista nas ne­go­ci­a­ções sa­la­riais».

Na terça-feira, dia 4, os re­pre­sen­tantes da EDP nas ne­go­ci­a­ções para re­visão sa­la­rial pro­pu­seram au­mentos entre 0,3 e 0,5 por cento, que re­pre­sentam mais quatro a 12 euros por mês.

 



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