Petrogal despediu

A refinaria de Sines da Petrogal «está a funcionar ao abrigo da declaração do estado de emergência», observou a Comissão Central de Trabalhadores da principal empresa do Grupo Galp Energia, dias antes de ser concretizado, a 30 de Março, o despedimento de 90 trabalhadores do serviço de manutenção regular daquela instalação, incluindo um dirigente e um delegado do SITE Sul.
A CCT lembrou ainda que, na última greve, os serviços mínimos tinham exigido a colocação de um número de trabalhadores muito superior aos que agora restam.
Nestas circunstâncias, a administração da Petrogal «corre a reduzir e cessar contratos», oferecendo boleia para despedimentos nos empreiteiros. A manutenção foi adjudicada à Martifer, que por sua vez subcontratou a CMN, recorrendo esta a trabalhadores contratados a termo ou mesmo à hora. Alguns laboram assim há muitos anos, defendendo a CCT que, ocupando postos de trabalho permanentes, deviam ser efectivos da Petrogal.
«Se a Petrogal, Martifer e CMN pensam que vão conseguir destruir a organização dos trabalhadores da manutenção, estão muito enganadas, uma vez que este despedimento arbitrário vem ainda reforçar mais a unidade dos trabalhadores na defesa dos seus direitos», comentou o SITE Sul, numa nota de imprensa de 31 de Março.
O sindicato tinha apelado, no dia 25, a que os despedimentos fossem travados, depois de a Petrogal comunicar à Martifer a redução em 60 por cento do trabalho previsto no contrato de manutenção.



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