PCP insiste no controlo público da Efacec
Em nota de imprensa divulgada quando se avolumam as notícias que dão conta da possibilidade de nacionalização da Efacec, a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP realça que o resgate para o universo público da empresa permitiria também defender os postos de trabalho, responder às necessidades mais imediatas de tesouraria e «projectar a sua integração e desenvolvimento no quadro do Sector Empresarial do Estado, colocando a EFACEC ao serviço do desenvolvimento económico da região e do País».
Contudo, alerta a DORP, «esta não pode ser uma solução transitória que resolva problemas imediatos com fundos públicos, para depois voltar a entregar a empresa a privados», que chama ainda à atenção para a necessidade de «a Efacec não cair em mão estrangeiras, designadamente da concorrência, que a tornariam irrelevante, ou, no máximo, uma sua mera subsidiária. Os exemplos não faltam, da Quimonda à Sorefame, da Mague à Cimpor».
O Partido lembra igualmente, a este propósito, que através do Grupo Parlamentar o PCP, «dirigiu, há um mês, um pergunta escrita ao Governo, ainda não respondida», questionando se o executivo equacionava quanto à Efacec «concretizar a opção de controlo público e consequente integração no Sector Empresarial do Estado»; qual a sua apreciação «sobre as opções de gestão que têm caracterizado o Grupo Efacec, nomeadamente naquilo que diz respeito aos despedimentos, ao aumento do trabalho precário e ao confronto com direitos dos trabalhadores»; que mecanismos activou o Governo para o acompanhamento do processo de empresa em reestruturação», e «qual o montante total de financiamento com origem pública, incluindo fundos comunitários, disponibilizados ao Grupo Efacec, assim como quais os investimentos a que se destinaram?».