Luta do 1.º de Maio da CGTP-IN prossegue e intensifica-se

RES­POSTA Ao saudar todos os que, «pre­sen­ci­al­mente ou so­li­da­ri­a­mente», as­si­na­laram o 1.º de Maio, a CGTP-IN re­alçou que «os di­reitos dos tra­ba­lha­dores não são um obs­tá­culo ao de­sen­vol­vi­mento do País».

Foi de­ci­dido in­ten­si­ficar a acção rei­vin­di­ca­tiva e a luta

«O 1.º de Maio, 130 anos de­pois das pri­meiras co­me­mo­ra­ções, con­tinua a ser uma data de luta que, na si­tu­ação que atra­ves­samos, ganha ainda mais sig­ni­fi­cado», afirmou no dia 4 a Co­missão Exe­cu­tiva do Con­selho Na­ci­onal da con­fe­de­ração.

Num co­mu­ni­cado emi­tido no final da sua pri­meira reu­nião após o Dia In­ter­na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores, o órgão di­ri­gente da CGTP-IN des­taca que «aqueles que saíram à rua fi­zeram-no em re­pre­sen­tação dos mi­lhões de tra­ba­lha­dores que estão a ser alvo de um brutal ataque ao em­prego, aos sa­lá­rios e aos di­reitos, às suas con­di­ções de saúde e se­gu­rança no tra­balho; dos que estão na pri­meira linha da res­posta ao surto pan­dé­mico, su­jeitos a ritmos e ho­rá­rios de tra­balho cada vez mais in­tensos, com o pa­tro­nato a in­tro­duzir novas e ve­lhas formas de des­re­gu­lação dos ho­rá­rios; dos que têm os fi­lhos a cargo e sentem na pele a di­fi­cul­dade acres­cida da con­ci­li­ação dos di­reitos das cri­anças com a pres­tação do tra­balho a partir de casa com o re­curso a meios pró­prios; dos mi­lhares de tra­ba­lha­dores em lay-off, que foram for­çados a marcar fé­rias e dos que já per­deram o em­prego».

Esta é «uma si­tu­ação ina­cei­tável, que não é ine­vi­tável e tem de ser com­ba­tida», pois «os di­reitos dos tra­ba­lha­dores não são um obs­tá­culo ao de­sen­vol­vi­mento do País, antes pelo con­trário», afirma-se no co­mu­ni­cado.

A In­ter­sin­dical Na­ci­onal rei­tera as exi­gên­cias de au­mento geral dos sa­lá­rios, res­peito pelos ho­rá­rios de tra­balho e sua re­dução ge­ne­ra­li­zada para 35 horas se­ma­nais, es­ta­bi­li­dade das re­la­ções la­bo­rais e re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral, in­ves­ti­mento nas fun­ções so­ciais do Es­tado e va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica.

Pe­rante «a re­toma gra­dual da ac­ti­vi­dade eco­nó­mica», a CGTP-IN con­si­dera que «é fun­da­mental o res­peito por todos os di­reitos, no­me­a­da­mente de saúde, hi­giene e se­gu­rança no tra­balho», mas também nos trans­portes pú­blicos, com «a ga­rantia de que estes passem a existir em quan­ti­dade e con­di­ções de hi­giene ade­quadas». Vai ser dada pelos sin­di­catos «es­pe­cial atenção» ao cum­pri­mento das normas sobre ho­rá­rios de tra­balho, «re­jei­tando desde já todas e quais­quer al­te­ra­ções uni­la­te­rais dos mesmos».

A Co­missão Exe­cu­tiva sa­li­entou «a im­por­tância de­ter­mi­nante do livre exer­cício da ac­ti­vi­dade sin­dical» e de­cidiu «in­ten­si­ficar a acção rei­vin­di­ca­tiva e a luta a todos os ní­veis, para ga­rantir a saúde, o em­prego, os sa­lá­rios e os di­reitos dos tra­ba­lha­dores».

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Randstad impõe teletrabalho a mães de filhos sem escola

LE­GISLAÇÃO «Para muitas mu­lheres, o que está a ser exi­gido é que sejam tra­ba­lha­doras, mães e pro­fes­soras, tudo em si­mul­tâneo», pro­testou a CGTP-IN, ad­mi­tindo que haja cen­tenas de fa­mí­lias afec­tadas.

«Compromisso» de intenções não reflecte nem resolve

PRINCÍPIO A CGTP-IN não as­sinou an­te­ontem o do­cu­mento do Go­verno e de­clarou que não ab­dica de con­ti­nuar a in­tervir, em todas as es­feras, em de­fesa dos di­reitos e in­te­resses dos tra­ba­lha­dores.

Preocupação e exigência na indústria da alimentação

Os recentes casos de contágio colectivo por COVID-19 em empresas da indústria de alimentação – como a Avipronto, na Azambuja, a Sohi Meat, em Santarém – são «a ponta de um grande icebergue», afirmou o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal.Num comunicado...

Acção com resultados

Nos Horários do Funchal e Carros São Gonçalo vai ser reposto, já este mês, o «subsídio COVID-19», de valor idêntico ao «agente único», revelou o STRAMM no dia 8, dando conta de um acordo alcançado com o Governo Regional. O subsídio, no valor de 200 euros por mês, será devolvido, até 20 de Maio, aos trabalhadores a quem...

Enfermeiros na linha da frente da luta

Anteontem, 12, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) promoveu em Braga, junto ao Arco da Porta Nova, uma manifestação «virtual» de sapatos, e em Faro, na Avenida Calouste Gulbenkian, a exposição «Enfermeiros na linha da frente, valorização na linha de trás», com 50 fotografias de...

Retoma imediata das negociações

«As medidas que aos trabalhadores da Administração Pública dizem respeito não podem ser impostas e dadas a conhecer pela comunicação social», protestou a Frente Comum de Sindicatos, reclamando «total respeito pela lei, que obriga a negociação e auscultação». Num comunicado de dia 7, a Frente Comum exigiu a retoma «de...

«Nem mais um minuto» além da hora nos CTT

«Vamos trabalhar com todo o profissionalismo, mas dentro do horário de trabalho», cumprindo 7h48min por dia, «nem mais um minuto», apelou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, respondendo a uma «gestão do desenrasca». Por não renovação de contratos, por diminuição de agenciamentos, por...

Marcha pelo emprego em Sines

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul) convocou para o dia 21 de Maio, às 18h00, em Sines, uma Marcha pelo Emprego, no Jardim das Descobertas, para chamar a atenção sobre a situação social que se vive no complexo industrial de Sines. Segundo o...