Grandes empresas aproveitam apoios do «simplificado»

A CGTP-IN con­se­guiu apurar que são as grandes em­presas que mais apoios estão a re­ceber com a me­dida do lay-off «sim­pli­fi­cado», ao passo que as micro, pe­quenas e mé­dias em­presas (MPME) são as que menos têm be­ne­fi­ciado.

O es­tudo re­a­li­zado pela In­ter­sin­dical con­frontou os poucos dados ainda di­vul­gados pelo Mi­nis­tério do Tra­balho, em re­lação às re­qui­si­ções e atri­bui­ções dos pe­didos de lay-off, e os úl­timos dados das em­presas (sis­tema de contas in­te­gradas de 2018) dis­po­ni­bi­li­zados pelo INE. Assim, foi pos­sível per­ceber que, em cada duas grandes em­presas, uma está a re­ceber apoios. As micro e pe­quenas em­presas não chegam a ser uma em cada dez.

Se por um lado é ver­dade que a mai­oria das em­presas que re­correu ao lay-off «sim­pli­fi­cado» (96,6 por cento) em­prega menos de 50 tra­ba­lha­dores, também é ver­dade que este é o es­calão com o maior nú­mero de em­presas (1 270 902 em­presas). Assim, con­clui-se que apenas 8,3 por cento das MPME re­cor­reram ao lay-off. Do outro lado do prisma, as grandes em­presas que re­cor­reram ao lay-off foram 532, que re­pre­sentam 53,5 por cento das que têm mais de 250 tra­ba­lha­dores.

A CGTP-IN con­si­dera que o Es­tado tem es­tado a fi­nan­ciar o grosso dos sa­lá­rios a em­presas que têm todas as con­di­ções para não usarem os apoios con­ce­didos pelo re­gime do lay-off «sim­pli­fi­cado». En­quanto muito di­nheiro tem fal­tado nos apoios às MPME e aos tra­ba­lha­dores, os grandes grupos eco­nó­micos têm dis­tri­buído lu­cros mi­li­o­ná­rios aos ac­ci­o­nistas.

 



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