No caso BES há responsabilidades políticas por apurar

O PCP entende que a acusação aduzida dia 14 pelo Ministério Público relativa ao caso BES não apaga a necessidade de apurar responsabilidades políticas.

A posição foi expressa pelo deputado comunista Duarte Alves numa declaração aos jornalistas na AR em que defendeu que o processo judicial «deve prosseguir e apurar todas as responsabilidades criminais».

A acusação de 18 pessoas e sete empresas por vários crimes económico-financeiros, algumas das quais por associação criminosa, no processo BES/Universo Espírito Santo, vem de resto «ao encontro da intervenção do PCP» na comissão parlamentar de inquérito ao Banco Espírito Santo (BES), quando rejeitou a ideia de que as «responsabilidades deviam ser centradas numa só pessoa». «Considerámos na altura que a resposta era muito mais ampla não só no universo BES, como também em quadros com responsabilidades políticas ao mais alto nível», lembrou, observando que essa foi a razão que levou o Partido a votar contra (foi o único) o relatório da comissão de inquérito.

A acusação «não apaga a responsabilidade política tanto do governo PSD/CDS e do processo de resolução que foi feito com dados absolutamente falaciosos, como do PS, com o ruinoso processo de privatização que se seguiu», argumentou Duarte Alves, entendendo por isso que «há responsáveis», e que estes «têm de ser responsabilizados politicamente por essas opções erradas que levaram à situação que vivemos e à continuação do buraco sem fundo no Novo Banco».

Sobre a eventual criação de uma nova comissão parlamentar de inquérito que proceda a esse apuramento de responsabilidades, esse é um cenário que Duarte Alves não exclui: «Quando tivermos acesso ao relatório da auditoria, na altura avaliaremos essa hipótese, mas não colocamos de parte essa possibilidade», esclareceu.

 



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