Valorização da carreira de técnicos de diagnóstico e terapêutica em diploma do PCP

DIREITOS O PCP quer ver corrigida a injustiça que atinge a carreira e a grelha salarial dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT). Um diploma seu nesse sentido está em discussão no Parlamento.

Os trabalhadores têm direito a uma carreira que os valorize e dignifique

Trata-se do projecto de lei do PCP com alterações à legislação sobre a carreira daqueles profissionais, visando a valorização da mesma, que baixou à comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local, sem votação, por 60 dias, para apreciação na especialidade.

Em debate conjunto no passado dia 10 com uma petição que reuniu mais de 20 mil subscritores e um projecto de lei do BE sobre a mesma matéria, o diploma comunista visa no essencial garantir que o tempo de serviço destes profissionais, que incluem analistas clínicos e técnicos de radiologia ou fisioterapia, sejam relevados para efeitos de progressão na carreira e valorização salarial. É a segunda vez que a bancada comunista apresenta um texto legislativo sobre este assunto, depois de ter visto chumbado pelo PS um primeiro em Julho de 2019.

Em causa está o facto de a carreira dos TSDT, publicada em 2017, não ter sido acompanhada pelo respectivo diploma que deveria definir os critérios de transição e a correspondente tabela remuneratória. Daí que a «esmagadora maioria» daqueles profissionais tenha ficado na «primeira posição da primeira categoria» da nova carreira, como sublinhou no debate o deputado comunista João Dias, ou seja, sem qualquer valorização salarial, não obstante muitos deles terem mais de 25 anos de serviço.

«Além de não lhes ser reconhecido o conhecimento adquirido, nem sequer há diferenciação em relação a quem acabou de ingressar no SNS», lamentou ainda o parlamentar do PCP, que considerou a situação criada pelo Executivo um «desrespeito por anos de trabalho», pelo «conhecimento científico» e pelas «competências actualmente detidas por estes profissionais».

Foi esta razão, aliás, com o propósito de eliminar esta flagrante injustiça, que levou o PCP a apresentar o seu projecto de lei, apesar de entender como princípio geral que a discussão, alteração e criação de novas carreiras na Administração Pública é matéria de âmbito da negociação colectiva entre os sindicatos e o Governo.

 



Mais artigos de: Assembleia da República

No caso BES há responsabilidades políticas por apurar

O PCP entende que a acusação aduzida dia 14 pelo Ministério Público relativa ao caso BES não apaga a necessidade de apurar responsabilidades políticas. A posição foi expressa pelo deputado comunista Duarte Alves numa declaração aos jornalistas na AR em que defendeu que o processo judicial «deve prosseguir e apurar todas...

Respeito pela identidade e diversidade das populações

Respeito e tolerância perante «diferentes realidades e diferentes visões», rejeição do recurso à força ou de «proibicionismos», eis dois bons princípios que importa não ignorar sempre que se trate de avaliar e decidir sobre questões relacionadas com costumes e tradições. Segui-los, uma vez mais, foi o que fez o PCP no...