Comunistas leirienses pelo futuro da Mata Nacional

Quase a as­si­na­larem-se três anos sobre o grande in­cêndio que des­truiu 86 por cento da Mata Na­ci­onal de Leiria (MNL), «o PCP con­si­dera dra­má­tico que per­sistam a falta de uma po­lí­tica clara e de­ci­dida de re­cu­pe­ração da MNL, a es­cassez de in­ves­ti­mento e a inércia da parte do Go­verno e da Câ­mara Mu­ni­cipal da Ma­rinha Grande».

Em nota de im­prensa, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Leiria (DORLEI) do PCP lembra que o Par­tido foi o que «mais vi­sitas, en­con­tros e ses­sões re­a­lizou», e aquele que «mais pro­postas apre­sentou na As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) e no Par­la­mento Eu­ropeu para mo­bi­lizar re­cursos e de­finir po­lí­ticas que de­fendam a flo­resta e as matas na­ci­o­nais, em par­ti­cular a MNL». Já em 2019, na sequência da pe­tição di­na­mi­zada pela Co­missão Po­pular «O pinhal é nosso», o Grupo Par­la­mentar co­mu­nista «apre­sentou uma pro­posta de reso­lução com vá­rias me­didas con­cretas para uma mu­dança sig­ni­fi­ca­tiva na ac­tual si­tu­ação de inércia, falta de co­or­de­nação e con­cre­ti­zação, e au­sência de visão es­tra­té­gica re­la­ti­va­mente à ne­ces­sária e cada vez mais ur­gente re­cu­pe­ração, re­flo­res­tação e va­lo­ri­zação da MNL».

Ora, afir­mando ser falso o ar­gu­mento do Go­verno PS da falta de di­nheiro para in­vestir, uma vez que a venda de ma­te­rial le­nhoso as­se­gura boa parte da verba, a DORLEI «su­blinha que en­quanto não es­tiver cla­ri­fi­cado, de­fi­nido e con­cluído um pro­jecto de re­cu­pe­ração e re­va­lo­ri­zação da MNL, se opõe à uti­li­zação do edi­fi­cado do ICNF na Mata Na­ci­onal de Leria para fins de ins­ta­lação de es­tru­turas ho­te­leiras ou tu­rís­ticas pri­vadas», e re­alça que o pa­tri­mónio pú­blico e as po­ten­ci­a­li­dades au­toc­tones devem servir «para repor ca­pa­ci­dades de pro­tecção e gestão flo­restal, para apro­ximar a po­pu­lação do usu­fruto sus­ten­tável do Pi­nhal de Leiria e para ins­talar infra-es­tru­turas e equi­pa­mentos pú­blicos que re­va­lo­rizem aquele ter­ri­tório e re­curso». O Par­tido re­clama, igual­mente, «um mo­delo de gestão pú­blica, par­ti­ci­pado e fis­ca­li­zado por uma co­missão de acom­pa­nha­mento que en­volva o Ins­ti­tuto da Con­ser­vação da Na­tu­reza e das Flo­restas (mu­nido dos meios hu­manos e téc­nicos ne­ces­sá­rios), as autar­quias lo­cais, par­tidos po­lí­ticos, as­so­ci­a­ções, sin­di­catos e co­lec­ti­vi­dades», para que não se pro­longue a ac­tual «gestão po­lí­tica» dis­tante da po­pu­lação, com «ac­ções avulsas» e «anún­cios par­ciais que ca­recem de uma visão global in­te­gradas numa pers­pec­tiva de de­sen­vol­vi­mento do ter­ri­tório e pro­gresso so­cial».



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