Azerbaijão e Arménia de novo em guerra em torno de Nagorno-Karabakh
As tensões, escaramuças e guerras entre Baku e Erevan duram desde 1988, em torno da região de Nagorno-Karabakh, enclave situado no meio do Azerbeidjão com população de maioria arménia, reivindicado por ambos os países.
Em 1994 foi assinado um cessar-fogo e, para mediar este complexo conflito, no quadro da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), foi criado o Grupo de Minsk, integrado pela Rússia, Estados Unidos da América e França.
Face ao recrudescimento do conflito, designadamente com novos confrontos militares, a ONU instou ambas as partes a cessar de imediato as hostilidades – que envolvem as forças armadas dos dois países, com a utilização de artilharia pesada, tanques e aviação –, que se desenrolam sobretudo junto de Nagorno-Karabakh.
Também a Rússia apelou, na terça-feira, 29, a que se evitem afirmações que possam aumentar a escalada do conflito. «Fazer declarações de apoio militar, quer à Arménia quer ao Azerbaijão, é deitar lenha para o fogo da confrontação. É necessário convencer as partes beligerantes a voltar à mesa de negociações», afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. «Apelamos a países como a Turquia que façam todo o possível por conseguir que as partes cessem as hostilidades e retomem o diálogo», insistiu, depois de Ankara ter declarado que qualquer agressão contra o Azerbaijão equivaleria a um ataque contra a Turquia.
Alemanha, França e outros países pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tentar evitar o agravamento da guerra entre Azerbaijão e Arménia, envolvidos em violentos combates e trocas de acusações desde 27 de Setembro.