Marcha na Colômbia exige ao governo fim da violência e respeito pela paz

Vá­rias ca­ra­vanas de ex-com­ba­tentes das Forças Ar­madas Re­vo­lu­ci­o­ná­rias da Colômbia-Exér­cito do Povo (FARC-EP) che­garam a Bo­gotá no do­mingo, 1, e con­cen­traram-se na his­tó­rica Praça de Bo­lívar para exigir ao go­verno co­lom­biano o res­peito e a im­ple­men­tação in­te­gral do Acordo de Paz de 2016.

Idos de di­fe­rentes re­giões do país sul-ame­ri­cano, in­te­grando uma Marcha pela Vida e a Paz, os ex-com­ba­tentes des­lo­caram-se à ca­pital a fim de rei­vin­dicar ga­ran­tias de se­gu­rança e ce­le­ri­dade na im­ple­men­tação do Acordo de Paz. O PCP en­viou aos or­ga­ni­za­dores desta ini­ci­a­tiva uma men­sagem de so­li­da­ri­e­dade com a luta do povo co­lom­biano pelo cum­pri­mento dos Acordos de Paz, pela paz com jus­tiça so­cial, ao mesmo tempo que ex­pressou a con­de­nação da po­lí­tica anti-po­pular do Go­verno de Ivan Duque e a exi­gência de que seja posto fim aos cri­mi­nosos e sis­te­má­ticos as­sas­si­natos de an­tigos guer­ri­lheiros e de di­ri­gentes e ac­ti­vistas do mo­vi­mento po­pular co­lom­biano.

O par­tido Força Al­ter­na­tiva Re­vo­lu­ci­o­nária do Comum (FARC) re­a­firma que os ex-com­ba­tentes con­ti­nu­arão a cum­prir a paz no país, apesar da pre­me­di­tada ati­tude des­res­pei­tosa e ne­gli­gente do go­verno. «Con­ti­nu­a­remos a tra­ba­lhar, sem des­canso, com amor, es­pe­rança e dig­ni­dade por todo o ter­ri­tório na­ci­onal, pela Colômbia es­que­cida, pelos hu­mildes. Con­ti­nu­a­remos com a ba­talha mais linda que já le­vámos a cabo: a ba­talha pela paz da nação», in­siste a FARC.

Este par­tido po­lí­tico de­nuncia que não se avançou na im­ple­men­tação de vá­rios pontos do Acordo de Paz, como a re­forma rural in­te­gral, a par­ti­ci­pação po­lí­tica e a subs­ti­tuição de cul­tivos ilí­citos. Além disso, a FARC as­se­vera que desde a as­si­na­tura do do­cu­mento foram as­sas­si­nados mais mil lí­deres so­ciais e 236 ex-guer­ri­lheiros.

Os par­ti­ci­pantes na marcha as­se­guram que pro­curam avançar juntos na re­cu­pe­ração da de­mo­cracia no país, pois as­sumem a vida em co­lec­tivo e so­nham que toda a Colômbia possa fazê-lo também: «cada um está bem na me­dida em que os de­mais também es­tejam».

Sob o lema «Somos subs­cri­tores da paz e não que­remos mais mortes», a marcha em de­fesa da vida e da paz, or­ga­ni­zada pela FARC, re­cebeu apoio po­pular no avanço para a ca­pital co­lom­biana e foi cres­cendo com apoi­antes do Acordo de Paz de di­fe­rentes re­giões. Os seus in­te­grantes saíram no dia 21 de Ou­tubro do mu­ni­cípio de Me­setas, no de­par­ta­mento de Meta, a 250 qui­ló­me­tros de Bo­gotá, e es­peram reunir-se na ca­pital com o pre­si­dente Iván Duque para exigir que cumpra o Acordo de Paz as­si­nado em 2016 em Ha­vana.




Mais artigos de: Internacional

China afirma avançar para a construção de «um país socialista moderno»

AVANÇOS A China pre­para-se para con­cluir a etapa de cons­trução de «uma so­ci­e­dade mo­de­ra­da­mente aco­mo­dada em todos os as­pectos», assim como a ta­refa da er­ra­di­cação da po­breza, e, a partir 2021, avançar para o ob­jec­tivo de erigir «um país so­ci­a­lista mo­derno».

Eleições nos EUA evidenciam graves problemas e contradições

EUA As elei­ções para a Pre­si­dência dos Es­tados Unidos da Amé­rica, assim como para a Câ­mara de Re­pre­sen­tantes e para o Se­nado, re­a­li­zaram-se an­te­ontem, 3. À hora do fecho da nossa edição não havia re­sul­tados fi­nais.

Actividades subversivas contra Cuba financiadas pelo governo norte-americano

Os fundos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) servem de fachada ao financiamento de actividades subversivas contra Cuba. Em Havana, o jornal Granma destaca que a USAID e a Fundação Nacional para a Democracia (NED) mascaram acções da Agência Central de Inteligência (CIA) e funcionam...

Eleições em África e ingerências

Na República da Guiné, a violência pós-eleitoral provocou mais de duas dezenas de mortos. Após o anúncio dos resultados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente – o presidente Alpha Condé, eleito em 2010 e reeleito em 2015, venceu agora com 59,5% dos votos –, começaram os distúrbios, em Conakry e noutras regiões. O...