PCP realça que caça não é matança e reclama meios para fiscalização

AZAM­BUJA A ma­tança de 540 ani­mais de caça grossa na Her­dade da Tor­re­bela não é caça e evi­dencia a falta de meios do Ins­ti­tuto da Con­ser­vação da Na­tu­reza e das Flo­restas (ICNF).

Este é um acto que ilustra a falta de meios do ICNF

Para o PCP, o que re­cen­te­mente acon­teceu na­quela pro­pri­e­dade si­tuada no con­celho da Azam­buja «é um acto sobre o qual se exige o apu­ra­mento das cir­cuns­tân­cias», de­sig­na­da­mente «a sua co­ber­tura legal e a iden­ti­fi­cação dos res­pon­sá­veis pelos actos em questão», a fim de, «caso se con­firmem ile­ga­li­dades», ser apli­cada «a Lei em vigor e pu­nidos os res­pon­sá­veis.

Em nota di­vul­gada dia 22 pelo seu ga­bi­nete de im­prensa, o Par­tido, va­lo­ri­zando «o es­forço diário dos qua­dros e fun­ci­o­ná­rios» do ICNF, não deixa de su­bli­nhar que este é um acto que, «uma vez mais, ilustra a falta de meios hu­manos e téc­nicos» deste or­ga­nismo.

No texto, o Par­tido re­corda, também, que «na dis­cussão do Or­ça­mento do Es­tado para 2021, tal como em an­te­ri­ores, propôs o re­forço de verbas para o ICNF, de forma a ca­pa­citá-lo dos meios hu­manos e téc­nicos para fazer face às suas com­pe­tên­cias, pro­postas estas chum­badas por PS, PSD e CDS».

Não con­fundir
«O PCP não deixa de su­bli­nhar que caça não sig­ni­fica ma­tança e que a si­tu­ação em con­creto nada tem a ver com a tra­dição se­cular da caça no nosso País, que en­volve as com­po­nentes da ac­ti­vi­dade ao ar livre, da con­tri­buição para o con­trolo das es­pé­cies e da di­na­mi­zação do mundo rural», acres­centa-se.

Trata-se, isso sim, «da pro­moção de um ne­gócio, com va­lores por par­ti­ci­pante que podem, se­gundo os ele­mentos pú­blicos da em­presa, su­perar os 10.000 euros por par­ti­ci­pante, per­ce­bendo-se a quem serve», re­fere ainda o PCP, que sa­li­enta, a con­cluir, que o re­fe­rido acto «ocorre, além do mais, num quadro em que os ca­ça­dores têm es­tado proi­bidos de fazer as suas ca­çadas pelas li­mi­ta­ções im­postas ao abrigo do Es­tado de Emer­gência».

Em nota en­viada à co­mu­ni­cação so­cial, a Co­missão Con­ce­lhia da Azam­buja do PCP, por seu lado, as­si­nalou que a ma­tança de mais de meio mi­lhar de ani­mais na Her­dade da Tor­re­bela «não é se­pa­rável do pro­jecto de ins­ta­lação, nesse es­paço flo­restal, de uma alar­gada cen­tral fo­to­vol­taica por parte de um grupo eco­nó­mico do sector», pro­jecto que levou, igual­mente, «ao abate de vá­rias ár­vores».

Para os co­mu­nistas azam­bu­jenses, «os de­sen­vol­vi­mentos em torno da Tor­re­bela exigem uma ur­gente in­ter­venção po­lí­tica do Go­verno do PS, e não a ca­pi­tu­lação pe­rante os ne­gó­cios em torno do am­bi­ente».

 



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