Exercer direitos e lutar para um futuro melhor

MEN­SAGEM «Cá es­tamos com essa es­pe­rança dos que sabem que será sempre com a acção e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo que o fu­turo se cons­truirá», re­a­firmou Je­ró­nimo de Sousa na men­sagem de Ano Novo do PCP.

Cá es­tamos, sem nos con­fi­narmos ou es­con­dermos

Em vídeo di­fun­dido no do­mingo, 27, o Se­cre­tário-geral do Par­tido deixou pa­la­vras de con­fi­ança e de es­pe­rança «num tempo em que as in­cer­tezas são muitas e se adensam di­fi­cul­dades e pre­o­cu­pa­ções».

«Con­fi­ança de que se­remos ca­pazes de vencer di­fi­cul­dades e cons­truir uma vida e um fu­turo me­lhores», para o que « podem contar com o PCP», as­se­verou Je­ró­nimo de Sousa, antes de de­ta­lhar pri­o­ri­dades da in­ter­venção dos co­mu­nistas «para que seja dada res­posta a muitos pro­blemas que afligem os tra­ba­lha­dores e o povo: ga­ran­tindo a de­vida va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores e dos seus sa­lá­rios e di­reitos; pro­te­gendo quem se viu pri­vado dos seus ren­di­mentos; apoi­ando mi­lhares de pe­quenos em­pre­sá­rios a braços com di­fi­cul­dades im­postas pelo en­cer­ra­mento da sua ac­ti­vi­dade; agindo para re­forçar o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS), essa ga­rantia maior do di­reito à Saúde por parte de todos os por­tu­gueses, in­de­pen­dente do saque dos grupos pri­vados que querem fazer da do­ença um ne­gócio».

«Cá es­tamos a marcar pre­sença, hoje como sempre, sem nos con­fi­narmos ou es­con­dermos quando cen­tenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores fazem o País fun­ci­onar e criam a ri­queza na­ci­onal, tantas vezes su­jeitos ao ar­bí­trio do Ca­pital – per­dendo o seu em­prego, vendo di­reitos e sa­lá­rios cor­tados e ho­rá­rios des­re­gu­lados», pros­se­guiu o di­ri­gente co­mu­nistas, para quem a te­na­ci­dade do PCP na afir­mação, também, «do di­reito à vida so­cial e cul­tural, exer­cendo as li­ber­dades e ga­ran­tias que são de todos e lu­tando por uma vida me­lhor e uma so­ci­e­dade mais justa», de­corre da «his­tória deste povo e deste Par­tido cen­te­nário», da «es­pe­rança dos que sabem que será sempre com a acção e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo que o fu­turo se cons­truirá».

Rup­tura ur­gente
A an­te­ceder a men­sagem de Ano Novo de Je­ró­nimo de Sousa, João Frazão, da Co­missão Po­lí­tica, re­agiu à men­sagem de Natal do pri­meiro-mi­nistro.

Face aos efeitos da epi­demia de COVID-19 e aos apro­vei­ta­mentos que, todos os dias, o grande ca­pital con­tinua a fazer dela, não é di­fícil con­cordar com a iden­ti­fi­cação de al­guns pro­blemas feita por An­tónio Costa. Porém, a questão está «em passar do re­co­nhe­ci­mento dos pro­fis­si­o­nais do SNS, que deram uma no­tável res­posta até agora, para a va­lo­ri­zação con­creta das suas car­reiras e pro­fis­sões, em passar da so­li­da­ri­e­dade com o so­fri­mento de quem perdeu o seu em­prego, para a de­fesa con­creta de em­pregos e sa­lá­rios, da pre­o­cu­pação com a eco­nomia para a de­fesa da pro­dução na­ci­onal, para a sal­va­guarda das pe­quenas e mé­dias em­presas», sa­li­entou João Frazão.

«O que faltou ao pri­meiro-mi­nistro foi as­sumir uma pa­lavra de con­de­nação para os que tudo querem des­truir, mesmo à custa de uma maior de­gra­dação da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial», pros­se­guiu o di­ri­gente co­mu­nista, que lem­brou que An­tónio Costa podia ter, por exemplo, con­de­nado a Galp e os seus ac­ci­o­nistas, cujo «en­cer­ra­mento da Re­fi­naria de Ma­to­si­nhos, com a con­se­quente des­truição de mais de meio mi­lhar de postos de tra­balho di­rectos, foi anun­ciado pela mesma ad­mi­nis­tração que ainda há meses dis­tri­buiu mais de 500 mi­lhões de euros em di­vi­dendos».

«O que faltou ao pri­meiro-mi­nistro foi anun­ciar a con­tra­tação dos pro­fis­si­o­nais de saúde em falta, para o que tem, por pro­posta do PCP, ca­bi­mento no Or­ça­mento do Es­tado», acres­centou João Frazão, para quem «o que faltou foi anun­ciar a rup­tura com as po­lí­ticas que cri­aram os pro­blemas es­tru­tu­rais que fi­caram agora ex­postos com a pan­demia».

«A visão es­tra­té­gica que é ne­ces­sária não é a que as­senta apenas na ilusão dos fundos da União Eu­ro­peia, mas a que in­clui a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, da pro­dução na­ci­onal, dos ser­viços pú­blicos e das fun­ções so­ciais do Es­tado, a co­meçar pelo SNS, a que de­fende a re­cu­pe­ração das em­presas es­tra­té­gicas para as pôr ao ser­viço do povo por­tu­guês, a que as­sume uma po­lí­tica fiscal justa que de­so­nere quem tra­balha e vá buscar as re­ceitas in­dis­pen­sá­veis ao Es­tado ao grande ca­pital, a que re­clama como in­dis­pen­sável o apro­fun­da­mento do re­gime de­mo­crá­tico, da in­de­pen­dência e da so­be­rania na­ci­o­nais», con­cluiu.

 



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