É PRECISO RESOLVER OS PROBLEMAS DO PAÍS

«É com o PCP que os tra­ba­lha­dores e o povo podem contar»

Assi­na­lamos na pró­xima se­mana os no­venta anos do Avante! com uma sessão pú­blica no dia 15 de Fe­ve­reiro, em Lisboa, que con­tará com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP.

Num tempo mar­cado por uma forte ofen­siva ide­o­ló­gica, com a qual a co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante faz chegar todos os dias a mi­lhões de pes­soas a de­sin­for­mação ci­rur­gi­ca­mente or­ga­ni­zada que serve os in­te­resses do grande ca­pital, a di­vul­gação e lei­tura do Avante! é questão es­sen­cial não apenas para os co­mu­nistas mas para a ge­ne­ra­li­dade dos tra­ba­lha­dores, para todos os que so­frem na pele as con­sequên­cias da po­lí­tica de di­reita; para todos os que as­sumem como re­fe­rência os va­lores de Abril e a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa.

Hoje como há 90 anos, o Avante! con­tinua a ser o Órgão Cen­tral do PCP e, por isso, o di­vul­gador de um pro­jecto de trans­for­mação da so­ci­e­dade que tem como ob­jec­tivo úl­timo o fim de todas as formas de ex­plo­ração e opressão. E tal como du­rante dé­cadas rompeu o manto opres­sivo da cen­sura fas­cista e foi ex­pressão con­creta de uma in­for­mação livre e de­mo­crá­tica, re­jeita hoje o manto não menos opres­sivo do pen­sa­mento único e con­tinua a as­sumir-se como a voz dos que lutam pelo di­reito a uma vida me­lhor, pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda.

Assim, fazer chegar o Avante! a mais e mais lei­tores, mi­li­tantes e não mi­li­tantes, de­mo­cratas e pa­tri­otas com ou sem par­tido é uma das mais re­le­vantes ta­refas po­lí­ticas do co­lec­tivo par­ti­dário, que se in­sere na acção geral de re­forço do Par­tido.

O País en­contra-se numa si­tu­ação in­qui­e­tante que re­quer so­lu­ções ina­diá­veis, no­me­a­da­mente, as me­didas ur­gentes que, face à epi­demia que o País en­frenta, re­forcem a es­tru­tura de saúde pú­blica; ga­rantam a pro­tecção sa­ni­tária nos lo­cais de tra­balho e trans­portes de todos aqueles que todos os dias têm de sair de casa para ga­ran­tirem ser­viços es­sen­ciais e man­terem a ac­ti­vi­dade eco­nó­mica; pro­movam a pe­da­gogia da pro­tecção em torno das normas de­fi­nidas pela Au­to­ri­dade Na­ci­onal de Saúde e pelo re­forço do SNS em pro­fis­si­o­nais e meios téc­nicos; avancem o mais ra­pi­da­mente pos­sível com o pro­cesso de va­ci­nação, de­vendo o País as­sumir a sua opção so­be­rana de di­ver­si­ficar a compra de va­cinas au­to­ri­zadas pela OMS.

No sen­tido da de­fesa do SNS e do di­reito à saúde o PCP vai re­a­lizar uma acção na­ci­onal no pró­ximo dia 18 de Fe­ve­reiro.

A par disso, Por­tugal também não pode aceitar a con­ti­nuada de­gra­dação da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial e a au­sência da res­posta ne­ces­sária por parte do Go­verno PS, que as­so­ciada às fra­gi­li­dades es­tru­tu­rais do País con­vergem para um ce­nário de acen­tuada re­gressão eco­nó­mica e para uma de­gra­dação da si­tu­ação so­cial com o au­mento da ex­plo­ração e da po­breza, para um apro­fun­da­mento da de­pen­dência ex­terna e da con­cen­tração e cen­tra­li­zação de ca­pital.

Uma si­tu­ação que PSD, CDS e os seus su­ce­dâ­neos da Ini­ci­a­tiva Li­beral e do Chega pro­curam apro­veitar ca­val­gando a si­tu­ação de crise para re­lançar a sua po­lí­tica de de­sastre na­ci­onal, cada vez mais apos­tados nos seus pro­jectos de mu­ti­lação e sub­versão da Cons­ti­tuição, que abram ca­minho às «so­lu­ções» au­to­ri­tá­rias e an­ti­de­mo­crá­ticas com que so­nham.

Muitas têm sido as pro­postas apre­sen­tadas pelo PCP, al­gumas apro­vadas e que urge con­cre­tizar, para a re­so­lução dos pro­blemas mais pre­mentes do País. Pro­postas pelas quais o PCP se tem ba­tido e irá con­ti­nuar a bater-se .

Mas a res­posta global aos pro­blemas na­ci­o­nais só é pos­sível com uma outra po­lí­tica, uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda que as­suma como um dos seus eixos cen­trais a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores.

É neste sen­tido que im­porta de­sen­volver a luta de massas, com des­taque para a acção na­ci­onal des­cen­tra­li­zada mar­cada pela CGTP-IN para o dia 25 de Fe­ve­reiro, bem como a acção rei­vin­di­ca­tiva nas em­presas, lo­cais de tra­balho e sec­tores.

Importa as­se­gurar o fun­ci­o­na­mento, a ini­ci­a­tiva e o re­forço do PCP, di­na­mi­zando a sua acção em de­fesa dos tra­ba­lha­dores, do povo e do Pais. Bem como dos micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios e dos pro­fis­si­o­nais da área da cul­tura.

Im­porta di­na­mizar as co­me­mo­ra­ções do Cen­te­nário, com des­taque para o vasto con­junto de ini­ci­a­tivas que o PCP pro­move em todo o País, no dia 6 de Março, cen­tradas nos pro­blemas do País dos tra­ba­lha­dores e do povo, sob o lema: «100 anos, 100 ac­ções – Li­ber­dade, De­mo­cracia, So­ci­a­lismo – pelos di­reitos, a me­lhoria das con­di­ções de vida e o pro­gresso so­cial. Contra a ex­plo­ração e o em­po­bre­ci­mento».

Im­porta igual­mente in­ten­si­ficar o tra­balho de re­forço do PCP com pri­o­ri­dade para a res­pon­sa­bi­li­zação de 100 qua­dros por cé­lulas, para a cri­ação de 100 novas cé­lulas e para o de­sen­vol­vi­mento da Cam­panha Na­ci­onal de Fundos «o fu­turo tem Par­tido».

Ao longo de 100 anos, nas in­con­tá­veis lutas que tra­varam, os tra­ba­lha­dores e o povo pu­deram sempre contar com o papel in­subs­ti­tuível do PCP. Também hoje, é com o PCP que po­derão contar. Com este Par­tido que não ab­dica de ne­nhum es­paço, sejam quais forem as cir­cuns­tân­cias, para con­ti­nuar a cum­prir o seu papel.