«Em Monforte temos vários projectos em andamento»

«O que di­fe­rencia o pro­jecto da CDU em re­lação a ou­tros é es­tarmos muito pró­ximos das pes­soas. Esta é a nossa forma de estar, de sentir e de viver», afirmou ao Avante! Gon­çalo Lagem, pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Mon­forte, num ba­lanço do tra­balho au­tár­quico de­sen­vol­vido nos úl­timos oito anos, que repôs o de­sen­vol­vi­mento so­ci­o­e­co­nó­mico no con­celho.

Criar con­di­ções para que as pes­soas se fixem

Porque é que Mon­forte se afirma como um ex-li­bris no Alen­tejo?
En­con­tramo-nos numa po­sição geo-es­tra­té­tica ex­tra­or­di­nária, a 30 mi­nutos de Es­panha, e no eixo do Iti­ne­rário Prin­cipal (IP) 2, entre Es­tremoz e Por­ta­legre. Muito mais do que a in­te­ri­o­ri­dade, temos que va­lo­rizar a nossa cen­tra­li­dade re­la­ti­va­mente à Eu­ropa.
Somos um ex-li­bris porque con­se­guimos con­servar a iden­ti­dade alen­te­jana, con­ci­li­ando de forma har­mo­niosa os in­ves­ti­mentos que fi­nal­mente estão a surgir. Ao longo dos úl­timos oito anos temos «apos­tado» forte na marca Mon­forte e os re­sul­tados estão à vista de todos.

Hoje, como se en­con­tram as contas do mu­ni­cípio?
Sou­bemos de­fender e captar os in­ves­ti­mentos ne­ces­sá­rios, ali­ando a opor­tu­ni­dade de in­ves­ti­mento à opor­tu­ni­dade de fi­nan­ci­a­mento, sem hi­po­tecar o mu­ni­cípio.
Um dos grandes pro­blemas era a dí­vida avul­tada que Mon­forte tinha: três mi­lhões de euros e 600 mil euros a for­ne­ce­dores. Hoje, temos um mu­ni­cípio com um mi­lhão e 500 mil euros de dí­vida, mas com 18 mi­lhões de in­ves­ti­mento, em oito anos, o que é ab­so­lu­ta­mente no­tável para um or­ça­mento que ronda os cinco a seis mi­lhões de euros.
Con­se­guimos acertar de forma in­ci­siva nos in­ves­ti­mentos pú­blicos e mu­ni­ci­pais, de forma a que fossem fi­nan­ciá­veis em termos co­mu­ni­tá­rios. Si­mul­ta­ne­a­mente, fomos sempre muito ri­go­rosos nas des­pesas.
Nos in­ves­ti­mentos in­te­grados no Pacto para o De­sen­vol­vi­mento e Co­esão Ter­ri­to­rial da Co­mu­ni­dade In­ter­mu­ni­cipal do Alto Alen­tejo, en­con­tramo-nos no se­gundo lugar em termos de exe­cução do quadro co­mu­ni­tário. Extra-pacto es­tamos também nos lu­gares ci­meiros, se não no pri­meiro.

Como é que isso se con­segue?
Nós, CDU, temos de estar atentos e in­ter­ven­tivos 365 dias por ano, nos quatro anos de man­dato. Du­rante este pe­ríodo, pres­tamos contas, es­tamos pró­ximos das pes­soas, somos com­pe­tentes, em­pe­nhados, tra­ba­lha­dores, sa­cri­fi­camo-nos com o es­pí­rito de ser­viço pú­blico e de missão. Ro­deamo-nos de pes­soas com­pe­tentes. Isso faz toda a di­fe­rença.
Nas úl­timas elei­ções para o Poder Local De­mo­crá­tico, a CDU nunca tinha ob­tido uma vi­tória tão ex­pres­siva (62,5 por cento) neste con­celho, ele­gendo quatro dos cinco ve­re­a­dores, o que se re­flectiu no em­penho e de­di­cação que ti­vemos. Também os tra­ba­lha­dores da au­tar­quia ra­pi­da­mente as­su­miram a cons­ci­ência do nosso pro­jecto.

Que pro­jectos e re­a­li­za­ções se des­tacam?
Fi­zemos obras ab­so­lu­ta­mente de­ci­sivas, que eram am­bi­ci­o­nadas há 30, 40 e 50 anos. Nós con­cre­ti­zamo-las! Fa­lamos da nova Es­cola de Mon­forte, um in­ves­ti­mento de cinco mi­lhões de euros, em fase de con­clusão; do Lar de Santo Aleixo; do Centro de Es­tudos e For­mação – onde está in­te­grada a Uni­ver­si­dade Sé­nior, uma das me­lhores do País, que visou a re­qua­li­fi­cação de um edi­fício que es­tava de­vo­luto e aban­do­nado há cerca de 50 anos, no centro his­tó­rico da malha ur­bana de Mon­forte. Nas fre­gue­sias também existe este apoio às cri­anças.
Re­qua­li­fi­cada está também a ser a an­tiga igreja do Es­pí­rito Santo, que será trans­for­mada em museu, para aco­lher 16 pai­néis, com 16 mil azu­lejos do sé­culo XVII, que re­tratam a his­tória e a vida da rainha Santa Isabel.
Si­mul­ta­ne­a­mente, temos feito re­qua­li­fi­ca­ções ur­banas, acessos pe­do­nais, lu­gares de es­ta­ci­o­na­mento, pa­vi­men­ta­ções em todas as fre­gue­sias, entre muitas ou­tras in­ter­ven­ções.

A am­pli­ação da Zona In­dus­trial pode con­tri­buir para o de­sen­vol­vi­mento e fi­xação de nova po­pu­lação no con­celho?
Com sete hec­tares, a Zona In­dus­trial está em fase de con­clusão. Não po­díamos correr o risco de chegar ao nosso con­celho um em­pre­sário para se es­ta­be­lecer e não termos ca­pa­ci­dade de res­posta. Este é um dos sec­tores vi­tais. O outro é criar con­di­ções para que as pes­soas se fixem em termos ha­bi­ta­ci­o­nais e para cons­ti­tuírem fa­mília.
Por­tanto, ou fi­camos sos­se­gados a as­sistir ao nosso pró­prio de­sa­pa­re­ci­mento ou cri­amos con­di­ções para que haja vida no ter­ri­tório.

De que forma a epi­demia afectou este con­celho?
Em termos mu­ni­ci­pais, atrasou imensos pro­jectos e aca­baram por ser re­de­fi­nidas al­gumas pri­o­ri­dades. Também o te­cido eco­nó­mico so­freu muito. Mesmo assim, o mu­ni­cípio, através das me­didas e das po­lí­ticas adap­tadas, con­se­guiu mi­tigar este im­pacto na vida das pes­soas. Dentro das nossas pos­si­bi­li­dades, apoiámos as em­presas e não dei­xámos que fal­tassem equi­pa­mentos de pro­tecção in­di­vi­dual às IPSS, aos bom­beiros e à GNR. Fi­zemos sempre tudo para que nada fal­tasse a quem mais pre­ci­sava neste fla­gelo.

Na­quilo que são res­pon­sa­bi­li­dades do Go­verno, o que falta fazer em Mon­forte?
Pe­rante esta epi­demia, temos ten­dência a per­doar mais. Mas, a IP2 pre­cisa ur­gen­te­mente de uma re­qua­li­fi­cação. Não haver uma auto-es­trada no Alto-Alen­tejo é também inad­mis­sível.
Por outro lado, a Bar­ragem do Pisão foi so­be­ja­mente anun­ciada pelo Go­verno, que tirou todos os lu­cros po­lí­ticos e mais al­guns deste in­ves­ti­mento. No en­tanto, o Exe­cu­tivo PS, nesta fase do pro­jecto, não pôs lá um único tostão. Quem tem con­tri­buído para se avançar com o es­tudo prévio foram os 15 mu­ni­cí­pios da Co­mu­ni­dade In­ter­mu­ni­cipal do Alto Alen­tejo.

Faz sen­tido a trans­fe­rência de com­pe­tên­cias do Es­tado para as au­tar­quias?
Eu chamo-lhe trans­fe­rência de pro­blemas de que o Go­verno se quer li­vrar. É isto que está a acon­tecer em todas as áreas. No caso da Cul­tura, trans­fe­riram para nós, por via de im­po­sição legal, as Ruínas de Torre de Palma. Feitas as contas, o di­nheiro não dá para pagar a ga­so­lina para a mo­tor­ro­ça­dora, a fim de manter o es­paço limpo. É sur­real, ane­dó­tico e ina­cei­tável brincar com os mu­ni­cí­pios desta forma. Nós sa­bemos até fazer me­lhor, mas temos que ter con­di­ções para o fazer.

Como res­pondes às crí­ticas dos can­di­datos já apre­sen­tados das ou­tras forças po­lí­ticas?
Este ano apon­taram-nos muito poucas ou ne­nhumas crí­ticas. Res­pon­sa­bi­lizam-nos por ques­tões em que não temos res­pon­sa­bi­li­dade ne­nhuma, no­me­a­da­mente em in­ves­ti­mentos pri­vados.

Pros­se­guindo o pro­jecto da CDU, como vês o con­celho daqui a quatro anos?
Vejo um con­celho muito mais apto, qua­li­fi­cado, com ca­pa­ci­dades de res­posta para fixar e atrair mais gente. Te­remos, cer­ta­mente, um con­celho do­tado e mais ape­tre­chado em termos de equi­pa­mentos mu­ni­ci­pais, com o centro his­tó­rico mais re­qua­li­fi­cado, com maior qua­li­dade de vida e sus­ten­ta­bi­li­dade para aqueles que cá vivem e tra­ba­lham. De cer­teza ab­so­luta!

 

 



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