Na Vidigueira a CDU volta a afirmar-se como a força do trabalho e da honestidade

A ter­minar o pri­meiro man­dato e a pre­parar-se para um se­gundo ciclo, o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal da Vi­di­gueira, Rui Ra­poso, ma­ni­festa-se con­fi­ante de que a po­pu­lação vai re­co­nhecer o tra­balho de­sen­vol­vido nos úl­timos quatro anos, apesar dos obs­tá­culos co­lo­cados à CDU, que se voltou a afirmar bas­tião do tra­balho e da ho­nes­ti­dade.

Temos es­tra­tégia e pro­jecto de fu­turo para um con­celho de­sen­vol­vido

Este foi o teu pri­meiro man­dato à frente da CM da Vi­di­gueira. Que no­vi­dades esta equipa da CDU trouxe em re­lação ao pas­sado re­cente?

A CDU tem me­re­cido ao longo de cerca de 40 anos a con­fi­ança da po­pu­lação. Nos úl­timos quatro anos, creio que isso não só não se al­terou como se re­forçou.

Demos con­ti­nui­dade ao nosso pro­jecto au­tár­quico num con­texto di­fe­rente. De­sig­na­da­mente go­ver­nando com mai­oria re­la­tiva, o que foi ainda mais di­fícil a partir do mo­mento em que al­guns dos ele­mentos da CDU op­taram por ali­nhar com um mo­vi­mento dito in­de­pen­dente. Cons­ti­tuíram-se como ad­ver­sá­rios não apenas da CDU mas dos in­te­resses da po­pu­lação.

O eleitos do PS e do mo­vi­mento dito in­de­pen­dente pro­cu­raram im­pedir a go­ver­nação, des­gastar. Não se con­for­maram com a perda das elei­ções em 2017. Apesar de todos os obs­tá­culos, não nos afas­támos dos nossos va­lores. Não nos re­vemos em de­ter­mi­nadas pos­turas nem em pro­jectos con­du­zidos por am­bi­ções pes­soais.

Podes dar exem­plos de con­cre­ti­za­ções desta gestão, não obs­tante o con­texto em que teve de o fazer?

Desde logo e como ele­mento mar­cante, a pro­moção e di­vul­gação do ter­ri­tório, algo que fazia parte do nosso com­pro­misso elei­toral. Tra­duziu—se, por exemplo, na cap­tação de in­ves­ti­mentos em­pre­sa­riais e na fi­xação de jo­vens. Bai­xámos o preço dos lotes do parque em­pre­sa­rial e isso deu frutos. O mesmo su­cedeu no apoio à ha­bi­tação por ini­ci­a­tiva de jo­vens ca­sais, a quem de­vol­vemos 1 por cento dos juros com o cré­dito e a quem apoi­amos no caso de terem fi­lhos, atri­buindo uma verba du­rante os pri­meiros três anos de vida destes.

Como não pa­ramos, já es­tamos a olhar para dois lu­gares do nosso con­celho que têm pouco mais de uma cen­tena de ha­bi­tantes, pers­pec­ti­vando que ali podem fixar re­si­dência jo­vens que tra­ba­lham à dis­tância. Como? Cri­ando me­lhores con­di­ções, es­ta­be­le­cendo com as ope­ra­doras de redes mó­veis e di­gi­tais a ex­tensão da fibra óp­tica. É mais um as­pecto que pode fazer a di­fe­rença para quem queira viver e tra­ba­lhar na Vi­di­gueira.

Por outro lado, avan­çámos na con­cre­ti­zação do parque ur­bano, uma velha as­pi­ração da po­pu­lação. É uma obra cujo con­curso pú­blico, no valor de 1,5 mi­lhões de euros, vamos lançar bre­ve­mente. Na forja estão também a re­qua­li­fi­cação das praças cen­trais de Pe­drogão e Vi­di­gueira, do parque de festas de Selmes, pros­se­guir a re­a­bi­li­tação da pis­cina e dos po­li­des­por­tivos.

Re­qua­li­fi­cámos o Mer­cado Mu­ni­cipal, o pré-es­colar e o pri­meiro ciclo, avan­çámos com in­ter­ven­ções como a da ci­clovia e do Parque de Me­rendas.

Na li­gação com as fre­gue­sias, qua­dru­pli­cámos as trans­fe­rên­cias do mu­ni­cípio, numa linha de di­na­mizar o tra­balho mais pró­ximo dos pro­blemas e so­li­ci­ta­ções po­pu­lares, sem com isso deixar de apoiar em tudo o que aquelas au­tar­quias ne­ces­sitam. Criámos in­clu­si­va­mente um ga­bi­nete de apoio às fre­gue­sias para agi­lizar o con­tacto di­recto, ope­ra­ci­onal.

Não sendo da nossa com­pe­tência, mas da Ad­mi­nis­tração Cen­tral, im­porta re­ferir que se o Centro de Saúde está a avançar deve-se à nossa in­ter­venção rei­vin­di­ca­tiva e ao facto de termos dis­po­ni­bi­li­zado o ter­reno.

Re­fe­riste a pro­moção do ter­ri­tório como mar­cante…

Temos re­cursos e tra­dição para fazer crescer o tu­rismo e em par­ti­cular o eno­tu­rismo, ao qual as­so­ci­amos todas as de­mais po­ten­ci­a­li­dades lo­cais. Apos­támos muito forte na rota do vinho da talha, que es­tamos a can­di­datar a Pa­tri­mónio Cul­tural Ima­te­rial da Hu­ma­ni­dade [da UNESCO]. Pro­cu­rámos as­so­ciar ao vinho da talha e à cul­tura ví­nica em geral o pa­tri­mónio, como o ar­que­o­ló­gico da vila ro­mana de São Cu­cu­fate, que nunca teve tanta pro­jecção como agora.

Outro ele­mento es­tru­tu­rante neste âm­bito é o Centro In­ter­pre­ta­tivo do Vinho da Talha, que cons­truímos neste man­dato de­pois de nos ter sido dei­xado nas mãos sem visto do Tri­bunal de Contas. Re­to­mámos tudo do início, al­te­rando, para me­lhor, o con­ceito e o pró­prio equi­pa­mento.

Já re­fe­riste vá­rios pro­jectos que foram avan­çando este man­dato para con­ti­nuar no pró­ximo. Há mais?

O parque flu­vial do Gua­diana, as­so­ci­ando-lhe tri­lhos e per­cursos com pontos de ob­ser­vação e si­na­lé­tica sobre ves­tí­gios ar­que­o­ló­gicos, aqui muito as­so­ciado à pre­ser­vação am­bi­ental e usu­fruto da na­tu­reza.

Há es­paço para po­ten­ciar o es­pelho de água de Pe­drogão, pelo qual temos pu­xado com provas de tri­atlo e ca­no­agem. Po­demos e que­remos ir ainda mais longe e, por isso, pre­ten­demos dar um novo im­pulso à pista de pesca des­por­tiva.

In­can­sá­veis

É cu­rioso que nas en­tre­vistas que temos vindo a fazer, os eleitos da CDU quase nunca va­lo­rizam as in­ter­ven­ções quo­ti­di­anas, como no es­paço pú­blico, mas que são es­tru­tu­rantes na qua­li­dade de vida. Porque é que achas que isso acon­tece?

Tem a ver com a nossa ma­neira de estar na po­lí­tica – es­tamos cá para servir, não para nos ser­virmos. Não pa­ramos. Es­tamos sempre a fazer, a du­plicar e a tri­plicar es­forços. A nossa pre­o­cu­pação é re­solver efec­ti­va­mente os pro­blemas, res­ponder às so­li­ci­ta­ções das pes­soas. Quando acon­tece, pas­samos a outra, muitas vezes sem su­bli­nhar que, ao con­trário dou­tros, me­temos mãos à obra.

A nossa res­pon­sa­bi­li­dade é acres­cida num con­celho pe­queno. Pra­ti­ca­mente toda a gente se co­nhece e até à porta dos eleitos vêm bater. Temos de estar pre­pa­rados para isso e na CDU é com todo o gosto e en­tu­si­asmo que man­temos e es­ti­mu­lamos esta pro­xi­mi­dade.

No exemplo que deste, é uma obri­gação manter o es­paço pú­blico limpo e ar­ran­jado. Não fa­zemos disso alarde. Mas per­cebo o que dizes. Re­cen­te­mente vi uma no­tícia de um go­ver­nante que foi a um con­celho, ge­rido pelo PS, inau­gurar a rede sem fios ao lado da pre­si­dente da câ­mara. Na Vi­di­gueira não con­vi­dámos nin­guém para inau­gurar. É a nossa forma de tra­ba­lhar.

Já fa­laste do Centro de Saúde. Como foi neste man­dato a re­lação da CM da Vi­di­gueira com a Ad­mi­nis­tração Cen­tral?

A pan­demia obrigou a um con­tacto mais fluído, mas, no fun­da­mental, a re­lação é a mesma de qual­quer outro con­celho ge­rido pela CDU. No­tamos que há sempre mais di­fi­cul­dades em ter pro­jectos con­cre­ti­zados ou aceder a fundos co­mu­ni­tá­rios.

Há por­tanto muito para a Ad­mi­nis­tração Cen­tral fazer na Vi­di­gueira?

O Centro de Saúde está a avançar, mas a re­a­bi­li­tação da rede viária é uma luta muito an­tiga, par­ti­cu­lar­mente o troço que liga Pe­drogão ao Al­vito, acerca do qual temos in­sis­tido muito e com razão.

De­pois, a uma es­cala re­gi­onal mas com re­flexos pro­fundos no nosso con­celho, é pre­ciso ter­minar o IP8, in­vestir na rede fer­ro­viária e di­na­mizar o Ae­ro­porto de Beja.

O eno­tu­rismo e o vinho da talha, de que já fa­laste, são os ele­mentos ca­pazes de dis­tin­guir a Vi­di­gueira face a ou­tros con­ce­lhos?

Temos 14 adegas, todas pre­mi­adas ao nível na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal. Os in­ves­ti­mentos têm sido cons­tantes. O úl­timo, vi­sando as­so­ciar à adega um hotel de cinco es­trelas e um res­tau­rante, ronda cerca de 10 mi­lhões de euros.

Da nossa parte, pro­cu­ramos con­tri­buir não dis­so­ci­ando o eno­tu­rismo e a pro­dução de vinho de todo o pa­tri­mónio, da gas­tro­nomia, das tra­di­ções, dos sa­beres, da pai­sagem. É por aqui que passa o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico ime­diato do con­celho.

Entre esse es­forço estão grandes eventos pro­mo­vidos ou apoi­ados pela Câ­mara Mu­ni­cipal?

O Vi­di­gueira Vinho é um exemplo. O úl­timo foi em 2019, de­vido à pan­demia. Mas o su­cesso foi tão grande que temos a cer­teza de que é para re­tomar. O fes­tival da ju­ven­tude, que pre­ten­demos que seja o úl­timo fes­tival de Verão no nosso País, também é para re­gressar.

Temos de­pois pro­gramas cul­tu­rais o ano todo. O Vi­di­gueira ao Fresco, que no Verão di­na­miza as praças aju­dando também à vi­ta­li­dade do co­mércio local; a es­ca­lada da serra do Mendro, que na úl­tima edição en­volveu mil par­ti­ci­pantes; o car­naval, etc.

Nas fre­gue­sias, boa parte das ini­ci­a­tivas re­a­li­zadas têm o apoio da CM da Vi­di­gueira, não apenas fi­nan­ceiro mas lo­gís­tico e na di­vul­gação. São os casos do Sa­bores da Caça, em Selmes, do Peixe no Rio, em Pe­drogão, do fes­tival da si­larca, em Mar­melar, da ma­ra­tona do ca­racol, em Al­caria, do São Mar­tinho, em Vila de Frades. Tudo isto cria di­nâ­mica, pro­move a vida. É esse o pro­pó­sito

Porque é que a po­pu­lação da Vi­di­gueira deve con­ti­nuar a con­fiar na CDU?

Pri­meiro, pelo tra­balho de­sen­vol­vido. Se­gundo, porque re­pre­sen­tamos va­lores que não se al­teram com am­bi­ções es­tra­nhas aos in­te­resses da po­pu­lação. De­pois porque temos es­tra­tégia e pro­jecto de fu­turo para um con­celho de­sen­vol­vido, de pro­gresso eco­nó­mico e so­cial trans­versal.



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