Desde dia 17 e até final deste mês, os carteiros de Santarém (centros de distribuição postal de Santarém, Almeirim e Alpiarça) fazem greve de duas horas, durante a manhã, para exigirem que sejam preenchidos oito postos de trabalho. Dos 42 trabalhadores que o quadro comporta, apenas 34 estão ao serviço, pelo que os CTT deveriam colocar pessoal nos lugares vazios, situação agravada pela entrada no período de férias.

«Se a gestão dos CTT, em vez de andar a aprender passos de dança, estivesse preocupada com o que se passa em Santarém e um pouco por todo o País, não estaria o serviço pelas ruas da amargura» e esta luta não seria necessária, comentou o Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, aludindo a um vídeo que circulou nas redes sociais.

«É preciso libertar os CTT da gestão ruinosa privada e restabelecer um serviço público de qualidade», destacou a Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP, que emitiu, no primeiro dia da greve, uma nota de imprensa a expressar solidariedade para com a luta dos trabalhadores da distribuição postal.

No documento assinala-se a «incompatibilidade entre o papel estratégico do serviço público que os CTT estão obrigados a assegurar e o objectivo único dos grupos económicos, os seus lucros». A DORSA do PCP reafirma a necessidade de recuperação do controlo público dos CTT.