Greve amanhã na CP e IP pelo aumento dos salários

O Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário (SNTSF) mantém o pré-aviso de greve para dia 25 na CP, IP e afi­li­adas e apela aos tra­ba­lha­dores para que re­forcem a uni­dade na luta.

É a força e a uni­dade dos tra­ba­lha­dores que os le­vará à con­quista

O apelo jus­ti­fica-se pelo «po­si­ci­o­na­mento cla­ra­mente di­vi­si­o­nista» as­su­mido por ou­tras es­tru­turas que, de­pois de terem con­ver­gido com o SNTSF na con­vo­cação da pa­ra­li­sação de amanhã, deram o dito pelo não dito e mar­caram um pro­testo para data di­fe­rente.

«Em qual­quer cir­cuns­tância é a força e a uni­dade dos tra­ba­lha­dores que os le­vará à con­quista dos seus di­reitos», su­blinha o sin­di­cato da Fec­trans/​CGTP-IN. In­sis­tindo que «a uni­dade mais forte é aquela que se cons­trói nos lo­cais de tra­balho», deixa uma in­ter­ro­gação: «se todos acham justa a rei­vin­di­cação do au­mento dos sa­lá­rios, então porque é que não lu­tamos juntos?».

O au­mento dos sa­lá­rios, com­pri­midos para va­lores pró­ximos do Sa­lário Mí­nimo Na­ci­onal, é o prin­cipal mo­tivo da greve. To­davia, os tra­ba­lha­dores e a sua or­ga­ni­zação re­pre­sen­ta­tiva de classe re­clamam igual­mente a ne­go­ci­ação do re­gime de car­reiras, pro­cesso no qual o Go­verno pre­tende manter os 27 anos para que um tra­ba­lhador pro­grida da base ao topo da car­reira, e só ad­mite va­lo­rizar os casos de tra­ba­lha­dores rein­te­grados da ex-EMEF.

O SNTSF dá, por isso, o dia de amanhã como data li­mite para que o Go­verno evite o con­flito la­boral. Nesse sen­tido, apontou já o pró­ximo dia 6 como a data para uma con­cen­tração na­ci­onal de tra­ba­lha­dores da CP, IP e afi­li­adas.

Pa­ra­le­la­mente, hoje, 24, nos me­tro­po­li­tanos de Lisboa e do Porto estão con­vo­cadas greves par­ciais, sus­ten­tadas na in­tran­si­gência das res­pec­tivas ad­mi­nis­tra­ções em che­garem a acordo para a a va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e car­reiras, o pre­en­chi­mento ime­diato do quadro ope­ra­ci­onal e a re­visão do re­gime de pro­gressão.

En­tre­tanto, ontem e hoje, os tra­ba­lha­dores da Trans­tejo e So­flusa ti­nham agen­dados ple­ná­rios para ava­li­arem o pros­se­gui­mento da luta de­sen­vol­vida, com uma greve par­cial le­vada a cabo dias 16 e 17, face ao blo­que­a­mento ne­go­cial im­posto pela ad­mi­nis­tração e pelo Go­verno, que in­sistem no con­ge­la­mento sa­la­rial.

 



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