Entre a vacina e o salário

O PCP exigiu ao Go­verno me­didas que po­nham fim ao corte de um dia de sa­lário im­posto a quem es­teve au­sente do posto de tra­balho por mo­tivos de va­ci­nação contra a COVID-19.

«Esta si­tu­ação é ab­so­lu­ta­mente ina­cei­tável, para mais num mo­mento em que a va­ci­nação é de­ter­mi­nante no com­bate à COVID-19», afirmou em con­fe­rência de im­prensa, dia 1, a de­pu­tada co­mu­nista Diana Fer­reira, que de­nun­ciou ser esta uma prá­tica «imoral» le­vada a cabo por em­presas de vá­rios sec­tores de ac­ti­vi­dade.

Em co­mu­ni­cado, também a DORP do PCP re­pu­diou esta si­tu­ação, con­si­de­rando-a mais um exemplo da «ten­ta­tiva de apro­vei­ta­mento da si­tu­ação epi­de­mi­o­ló­gica para atacar os tra­ba­lha­dores e os seus di­reitos».

O grupo Lu­síadas Saúde e a CNB-CAMAC foram dois exem­plos apon­tados onde ocor­reram casos desta na­tu­reza e o mesmo terá acon­te­cido na CP, onde, porém, «por in­ter­venção sin­dical», a si­tu­ação «acabou por ser ul­tra­pas­sada», se­gundo in­for­mação che­gada ao Grupo Par­la­mentar do PCP.

«A pre­texto da COVID-19, estão a ser re­ti­rados di­reitos aos tra­ba­lha­dores, neste caso, a perda de re­tri­buição», cri­ticou a par­la­mentar co­mu­nista, su­bli­nhando que os «tra­ba­lha­dores não podem ser co­lo­cados numa si­tu­ação em que são for­çados a es­co­lher entre tomar a va­cina contra a COVID-19 ou perder o sa­lário».

O PCP, que re­pudia este tipo de com­por­ta­mento, di­rigiu en­tre­tanto ao Go­verno uma per­gunta quer à mi­nistra do Tra­balho quer à da Saúde para que casos destes não se re­pitam.



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