Sector ferroviário luta pelo aumento dos salários

In­te­grada na Jor­nada de Acção e Luta da CGTP-IN, an­te­ontem, 6 de Julho, os tra­ba­lha­dores do sector fer­ro­viário con­cen­traram-se em Lisboa pelo au­mento geral dos sa­lá­rios.

Uma luta que en­volve cada vez mais tra­ba­lha­dores

Nesta acção, con­vo­cada pelo Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário (SNTSF) e pela Fe­de­ração dos Sin­di­catos dos Trans­portes e Co­mu­ni­ca­ções (Fec­trans), com a par­ti­ci­pação das co­mis­sões de tra­ba­lha­dores da Com­boios de Por­tugal (CP) e da Infra-es­tru­turas de Por­tugal (IP), foi en­tregue na re­si­dência ofi­cial do pri­meiro-mi­nistro, An­tónio Costa, um do­cu­mento con­junto das pro­postas e rei­vin­di­ca­ções sec­to­riais.

No dia 27 de Maio, foi en­tregue um ca­derno rei­vin­di­ca­tivo idên­tico no Mi­nis­tério das Infra-es­tru­turas, que não teve qual­quer res­posta, o que de­monstra a falta de von­tade do Go­verno para va­lo­rizar o tra­balho e os tra­ba­lha­dores.

«O au­mento anual dos sa­lá­rios é uma rei­vin­di­cação dos tra­ba­lha­dores, mas também uma obri­gação das ad­mi­nis­tra­ções, con­forme com­pro­misso que as­su­miram no acto de as­si­na­tura do Acordo de Em­presa da CP e do Acordo Co­lec­tivo de Tra­balho (ACT) do grupo IP», re­fere em co­mu­ni­cado o SNTSF, que acres­centa: «Temos ra­zões para lutar, já que os sa­lá­rios têm vindo a des­va­lo­rizar, quer em termos reais, quer em re­lação ao sa­lário mí­nimo na­ci­onal, e as em­presas não têm cum­prido com as suas obri­ga­ções há mais de uma dé­cada».

Para quarta-feira, 14 de Julho, ficou agen­dada uma reu­nião con­junta dos tra­ba­lha­dores do sector, como a CP, a IP e a Medway, no Clube Fer­ro­viário, em Lisboa. Para além do au­mento dos sa­lá­rios, em de­bate es­tará, igual­mente, a falta de tra­ba­lha­dores e a ne­ces­si­dade do au­mento do nú­mero de car­ru­a­gens.

 

Pre­ca­ri­e­dade

No Porto, vá­rias de­zenas de téc­nicos es­pe­ci­a­li­zados de edu­cação – no­me­a­da­mente psi­có­logos, as­sis­tentes so­ciais, ani­ma­dores, te­ra­peutas, fi­si­o­te­ra­peutas, in­tér­pretes de língua ges­tual por­tu­guesa e me­di­a­dores – ma­ni­fes­taram-se, também no dia 6 de Julho, frente às ins­ta­la­ções da Di­recção Geral dos Es­ta­be­le­ci­mentos Es­co­lares (DGEST), para rei­vin­dicar o fim do pro­grama PREVPAP. O di­reito à mo­bi­li­dade ge­o­grá­fica e o justo re­po­si­ci­o­na­mento na car­reira são ou­tras das exi­gên­cias destes tra­ba­lha­dores.



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