Resultados eleitorais na Alemanha

O Partido Social-Democrata (SPD, na sigla alemã) venceu as eleições parlamentares com 25,7% dos votos, conseguindo uma pequena vantagem sobre a aliança conservadora entre a União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã (CDU-CSU), que alcançou 24,1%, o pior resultado da sua história.

Os dois partidos mais votados nas legislativas realizadas no domingo, 26, procuram agora liderar a formação de um governo de coligação a três com a participação de Os Verdes (terceira força, com 14,8%) e do Partido Liberal Democrata (FDP), que obteve 11,5%.

As negociações para uma solução política podem arrastar-se ao longo de semanas ou mesmo meses, mas as políticas do próximo governo da Alemanha, seja qual for a sua composição, não deverão diferir muito das que foram conduzidas nos últimos 16 anos pela chanceler Angela Merkel, ligada à CDU. Ela permanecerá no cargo até à escolha e confirmação pelo Bundestag (parlamento) do novo chanceler.

Os principais candidatos à chefia do governo federal são Olaf Scholz, líder do SPD, e Armin Laschet, dirigente dos conservadores, que iniciaram já conversações com os ambientalistas e os liberais.

Em resultado do escrutínio, o Partido Social-Democrata terá no novo parlamento 206 dos 735 assentos, mais 53 que na legislatura anterior. A coligação CDU-CSU ficará com uma bancada de 196 deputados, menos 50 que no mandato cessante. A Aliança 90/Os Verdes contará com 118 lugares (mais 51), o FDP com 92 (mais 12) e a Alternativa para Alemanha (AfD), de extrema-direita, com 83 (menos 11).

O partido A Esquerda, que conseguiu 4,9% dos votos, ficará com 39 lugares no Bundestag (menos 30). Não tendo chegado ao mínimo de cinco por cento na votação das listas partidárias, entra no parlamento devido à eleição de três parlamentares seus em círculos uninominais, por voto directo (dois em Berlim e um em Leipzig).

 



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