Comunistas chineses destacam conquistas ao longo de 100 anos

O Co­mité Cen­tral do Par­tido Co­mu­nista da China (PCC) aprovou uma re­so­lução, di­vul­gada no dia 16, que su­blinha as con­quistas al­can­çadas ao longo dos seus 100 anos de exis­tência: da fun­dação, em 1921, à dura luta de 28 anos que cul­minou na pro­cla­mação da Re­pú­blica Po­pular da China, em 1949, e de então aos nossos dias.

Há cem anos, aquando da cri­ação do PCC, o povo chinês era opri­mido pelo im­pe­ri­a­lismo, pelo feu­da­lismo e pelo ca­pi­ta­lismo e hu­mi­lhado pelas po­tên­cias oci­den­tais, aponta o texto. Porém, pros­segue a re­so­lução, ao longo do úl­timo sé­culo o PCC li­derou o povo chinês em «grandes e mo­nu­men­tais lutas. Li­ber­tado da in­ti­mi­dação, da opressão e da sub­ju­gação, o povo tornou-se se­nhor do país, da so­ci­e­dade e do seu pró­prio des­tino (…). Os mais de 1,4 mil mi­lhões de chi­neses al­can­çaram uma pros­pe­ri­dade mo­de­rada em todos os as­pectos e agora vêem as suas as­pi­ra­ções a uma vida me­lhor tor­narem-se re­a­li­dade».

Re­ti­rando li­ções da sua ex­pe­ri­ência his­tó­rica e pro­cu­rando aplicá-las à pre­sente si­tu­ação, os co­mu­nistas chi­neses su­bli­nham a im­por­tância de­ci­siva do papel di­ri­gente do PCC, cuja li­de­rança cons­titui o «mo­tivo fun­da­mental pelo qual o povo e a nação chi­nesa foram ca­pazes de trans­formar o seu des­tino». Con­ti­nuar a servir o povo, a de­sen­volver o «so­ci­a­lismo com ca­rac­te­rís­ticas chi­nesas» e a pro­mover a uni­dade e so­li­da­ri­e­dade in­ternas são ca­mi­nhos a pros­se­guir e a in­ten­si­ficar, con­si­deram.

Entre ou­tros im­por­tantes as­pectos, a re­so­lução re­a­firma o ca­minho de­fi­nido no 19.º Con­gresso do PCC, no qual foi tra­çado um plano es­tra­té­gico para o cum­pri­mento da Meta do Se­gundo Cen­te­nário, que aponta até 2049 a trans­for­mação da China num «grande país so­ci­a­lista mo­derno». O que im­pli­cará, ga­rantem os co­mu­nistas chi­neses, a «pros­pe­ri­dade comum para todos», uma «vida mais feliz, se­gura e sau­dável» para o povo chinês, novos pa­ta­mares em todas as di­men­sões de «avanço ma­te­rial, po­lí­tico, cul­tural e ético, so­cial e eco­ló­gico», dando res­posta a de­se­qui­lí­brios e dis­pa­ri­dades iden­ti­fi­cados.

A apro­vação do do­cu­mento no ano do Cen­te­nário do PCC tem lugar num mo­mento em que a China en­frenta, no plano ex­terno, os de­sa­fios da guerra eco­nó­mica e tec­no­ló­gica mo­vida pelos EUA, no âm­bito da es­tra­tégia do im­pe­ri­a­lismo para im­pedir o seu de­sen­vol­vi­mento e pro­mover os fac­tores de sub­versão in­terna.




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