Produtores do Baixo Mondego com elevados prejuízos

A As­so­ci­ação Dis­trital dos Agri­cul­tores de Coimbra (ADACO) en­viou uma ex­po­sição à mi­nistra da Agri­cul­tura, Flo­restas e De­sen­vol­vi­mento Rural e ao mi­nistro do Am­bi­ente e da Acção Cli­má­tica, onde expõe os pro­blemas que os pro­du­tores de arroz e de milho do Baixo Mon­dego en­frentam, re­cla­mando me­didas.

A mis­siva co­meça por alertar para a «no­tória» falta de água para a cul­tura do arroz no Baixo Mon­dego, prin­ci­pal­mente no Vale do Pranto e do Arunca. A este pro­blema somou-se a di­fi­cul­dade do con­trolo de pragas, in­fes­tantes e do­enças.

«O re­sul­tado foi de que no Baixo Mon­dego, de uma média de seis to­ne­ladas/​hec­tare até há 5/​6 anos, passou-se para um ren­di­mento má­ximo de cinco to­ne­ladas/​hec­tares, pondo em causa a so­bre­vi­vência do sector», adi­anta a ADACO. A somar a tudo isto, neste ano de 2021, nos dois meses prin­ci­pais da ma­tu­ração do arroz (Julho e Agosto) as tem­pe­ra­turas má­ximas abaixo do normal para a época do ano, ori­gi­naram fraca ma­tu­ração do arroz, tendo como con­sequência no Baixo Mon­dego uma co­lheita com perda na pro­dução média entre os 25 e os 30 por cento.

Também os pro­du­tores de milho foram bas­tante afec­tados com o mau tempo ve­ri­fi­cado nos dias 13, 14 e 15 de Se­tembro deste ano. Em­bora a me­lhoria das con­di­ções cli­má­ticas na pri­meira quin­zena de No­vembro tenha «le­vado à re­cu­pe­ração de al­guma pro­dução na área afec­tada», ex­plica a as­so­ci­ação, «há ainda muitos pro­du­tores com grandes pre­juízos».

Me­didas ne­ces­sá­rias
Pe­rante este ce­nário, a ADACO re­clama a to­mada de me­didas por parte da Agência Por­tu­guesa do Am­bi­ente e da As­so­ci­ação de Be­ne­fi­ciá­rios do Baixo Mon­dego, no sen­tido de um abas­te­ci­mento su­fi­ci­ente de água aos ori­zi­cul­tores (prin­ci­pal­mente do Vale do Pranto e do Arunca), para que possam fazer a sua cul­tura sem so­bres­saltos pela falta de água.

De forma a mi­tigar o efeito do au­mento brutal dos custos com a energia, os agri­cul­tores con­si­deram im­por­tante, por um lado, au­mentar o des­conto pre­visto no ga­sóleo agrí­cola e, por outro, re­gu­la­mentar e aplicar a me­dida de­ci­dida pela As­sem­bleia da Re­pú­blica, de­di­cada à com­par­ti­ci­pação dos custos com a elec­tri­ci­dade.

Pro­ceder ao re­forço do pa­ga­mento li­gado ao arroz; in­ter­romper o pro­cesso de uni­for­mi­zação dos pa­ga­mentos dos di­reitos do Re­gime de Pa­ga­mento Único (aplicar apenas em 2026), que leva a uma re­dução muito grande do valor das ajudas no sector do arroz; ajuda às pro­du­ções de milho e res­tantes ce­reais, que apoie todos os pro­du­tores, in­de­pen­den­te­mente da pro­du­ti­vi­dade das suas terras, são ou­tras das pro­postas da ADACO.

 



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