Produção, direitos e serviços públicos para inverter o declínio em Portalegre

Num distrito como Portalegre, em que são particularmente sentidos o envelhecimento e a desertificação que marcam, em geral, todo o Interior, a intervenção do Secretário-geral do Partido na sessão pública realizada em Campo Maior, no dia 30, centrou-se em questões como o défice produtivo, a degradada situação social e a fragilização dos serviços públicos. Todas elas contribuem para o esvaziamento de aldeias e vilas e para os profundos desequilíbrios e desigualdades regionais e sociais que ali se verificam.

Para Jerónimo de Sousa, os sucessivos anúncios de programas de apoio ao Interior chocam com o seu contínuo definhamento, provocado pela continuação e aprofundamento da política de apoio ao agronegócio, por sucessivas revisões da PAC e por contínuos aumentos dos custos dos factores de produção. Bem podem agora PS e PSD chorar «lágrimas de crocodilo» perante esta realidade que ela não se altera, nem como as suas responsabilidades: «quem privatizou a CUF? Quem encerrou as fábricas de adubo em Portugal? Quem promoveu a dependência nacional neste sector?», questionou.

Antes, já a primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Portalegre, Helena Neves, tinha traçado o retrato de um distrito onde falta quase tudo – de trabalho com direitos a acessibilidades e serviços públicos – e onde o pouco emprego criado é precário e de curta duração. Sem resolver esta questão, garantiu, não é possível a fixação de jovens e a inversão do rumo de desertificação humana agravado nas últimas décadas.

Afirmando a CDU como força decisiva também «quando se fala de ambiente e desenvolvimento sustentável», a candidata garantiu ser «preciso defender a terra, a soberania alimentar, encurtar os ciclos de produção/consumo, travar o aumento dos preços dos factores de produção como os combustíveis e a electricidade, assumir o controlo público dos sectores estratégicos, travar o agronegócio».

São as forças que compõem a CDU aquelas que, no distrito de Portalegre, lutam pela manutenção da gestão da água na esfera pública, opondo-se à criação da empresa intermunicipal e, em 2014, à privatização da EGF, que possui a Valnor.

Pedro Reis, do PEV, e o mandatário Diogo Serra acrescentaram razões para que os habitantes do distrito de Portalegre optem pela CDU a 30 de Janeiro.

 



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