Os povos querem a Paz

Carlos Gonçalves

Ky­riev, um aven­tu­reiro do pe­cu­lato e do bran­que­a­mento de ca­pi­tais, na Suiça e Li­e­ch­tens­tein, que tra­ba­lhou com Ya­nu­kovych (Pre­si­dente de­posto em 2014 pelo golpe de es­tado NATO-UE-ultra na­ci­o­na­listas), e que in­te­grou(!) a de­le­gação da Ucrânia nas con­ver­sa­ções com a Fe­de­ração Russa, foi «exe­cu­tado» à porta de um Tri­bunal em Kiev pelos ser­viços se­cretos (SBU) de V. Ze­lensky (VZ) por ser um «es­pião russo». A ex­pli­cação ofi­cial foi de­pois cor­ri­gida pelo SBU, afinal Ky­riev es­taria entre três «agentes» mortos numa ope­ração «de de­fesa da Pá­tria».

Estas são «no­tí­cias ofi­ciais» da Ucrânia e não contra-in­for­mação russa, nesse sen­tido, mais do que saber nesta treta qual é o de­talhe falso, o agente duplo, o ajuste de contas in­tes­tino, ou a ope­ração da CIA, este é um sin­toma de caos no poder em Kiev e um efeito da sua ex­po­sição aos «vírus» de es­pi­o­nagem, ultra na­ci­o­na­lismo e fas­cismo.

Está pro­vado que a CIA co­meçou a sua in­fil­tração na Ucrânia em 1953, entre os pró­ximos de Ban­dera, líder nazi da se­gunda guerra, hoje «herói na­ci­onal», e desde então até agora es­piou, sa­botou e re­crutou; W. Burns, di­rector da CIA, que em 2008 disse que a Ucrânia na NATO era uma «pro­vo­cação des­ne­ces­sária», es­teve ainda em Ja­neiro com VZ e con­firmou no Con­gresso que a CIA “re­a­liza uma ta­refa in­tensa de in­ter­câmbio, in­for­mação e «in­te­li­gência» na Ucrânia, que con­tinua … todos os dias” e J. Herbst, em­bai­xador em 2003-2006, «in­ventor» e guru de VZ, vi­sita-o «10 vezes por ano»; está do­cu­men­tado o papel da CIA no golpe de Maidan de 2014 e na pre­pa­ração da guerra com a Rússia - co­mando, en­qua­dra­mento, for­mação, sa­té­lites, armas so­fis­ti­cadas e quí­micas, como as usadas na Síria em ope­ra­ções de «falsa ban­deira», re­cru­ta­mento de fas­cistas, contra-in­for­mação e pro­vo­ca­ções até «adi­vi­nhar» a ofen­siva russa -, tudo con­forme o Plano da Rand Corp (do com­plexo mi­litar-in­dus­trial) para atacar a Rússia nos seus «pontos fracos», eco­nó­mico e mi­litar, para a «de­se­qui­li­brar e ex­te­nuar», e para ex­pandir as guerras USA, as suas téc­nicas e ne­gó­cios, com «sa­cri­fício de todos», os eu­ro­peus claro.

O im­pe­ri­a­lismo quer «pro­longar ao má­ximo esta guerra», para travar o seu de­clínio re­la­tivo e a crise sis­té­mica e impor o seu do­mínio ao mundo. Os tra­ba­lha­dores e os povos querem a Paz.




Mais artigos de: Opinião

Defender a paz

Resistindo à manipuladora torrente de desinformação, de propaganda de guerra, de promoção do discurso de ódio, de imposição de pensamento único em torno da guerra na Ucrânia, tem sido corajosamente sublinhada a necessidade de se conhecer e ter presente as causas do conflito, questão tão mais importante quando o objectivo...

Contigo todos os dias! Também na Emigração

No pas­sado fim-de-se­mana foram re­pe­tidas as elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica no cír­culo elei­toral da Eu­ropa. Como sa­bemos, e o PCP já o afirmou, a re­pe­tição destas elei­ções, para as co­mu­ni­dades emi­grantes por­tu­guesas na Eu­ropa, de­corre do pro­testo apre­sen­tado pelo PSD, que não sendo con­tes­tável em si, não deixa de se cons­ti­tuir como uma ins­tru­men­ta­li­zação do pro­cesso elei­toral para fins que a vida aca­bará por es­cla­recer.

Anticomunismo, a quem serve?...

A coerência do PCP, a sua independência de classe, política e ideológica, a sua soberania de análise e decisão, o modo como assume com coerência o seu compromisso com os trabalhadores e o povo sempre motivaram o ódio das classes dominantes e foram alvo privilegiado das suas ofensivas. Até aí, nada de novo. Faz parte da...

Valor e lugar da solidariedade

A guerra, qualquer que seja, arrasta consigo um cortejo de destruição, vítimas e sofrimento que exige que seja na preservação da paz e na construção de soluções políticas que se encontrem resposta para os conflitos. As guerras, todas as guerras, e não só aquelas que selectivamente se ampliam no plano mediático, carregam...

IA Yoon

No dia 9 de Março, na Coreia do Sul, o candidato do Partido do Poder Popular (PPP), Yoon Suk-yeol, foi eleito presidente por uma margem de cerca de 250 000 votos, qualquer coisa como 0,73%, relativamente ao candidato liberal Lee Jae-myung. A vantagem ficou a dever-se ao voto de eleitores ricos cativados com a promessa de...